Funcionários da Gerdau paralisam suas atividades em Pinda

Colaboradores cobram alteração no funcionamento da jornada de trabalho; categoria relata escala exaustiva em setores da fábrica de aços

Paralização dos funcionários da Gerdau, em Pinda (Foto: Divulgação)

Da Redação
Pindamonhangaba

Reivindicando mudanças na jornada de trabalho, funcionários da Gerdau de Pindamonhangaba realizam uma paralisação na manhã desta quarta-feira (8). Mesmo não sendo a pauta principal do protesto, os contratados da fabricante de aços especiais cobram ainda a redução do desconto salarial relacionado ao convênio médico.

De acordo com o Sindmetp (Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Moreira César e Roseira), os colaboradores da Gerdau decidiram cruzar os braços como forma de protesto à demora da empresa em alterar o funcionamento da jornada de trabalho. Segundo a associação, os funcionários, com destaque aos que atuam nos setores de Aciaria, Laminação e Logística, têm sido submetidos a uma exaustiva carga de trabalho ao longo dos últimos anos. Para que eles pudessem ter uma maior frequência de descanso, o sindicato propõe à empresa que os colaboradores que atuam na escala 6 por 1 (folga apenas aos domingos) tenham uma redução diária do horário de refeição e passem a trabalhar um sábado a cada duas semanas, possibilitando folgarem dois sábados por mês.

Segundo o presidente do Sindmetp, André Oliveira, a medida, que funciona nas fábricas Tenaris Confab e Novelis de Pinda, não traria prejuízo algum à Gerdau. “Não vai mudar a quantidade de jornada no mês, não vai mudar nem a rota de ônibus, mas a Gerdau não aceita. É possível e até vantajoso para a empresa colocar essa jornada. O trabalhador com mais folga, mais tempo para a família, ele produz melhor. Se colocar tudo na balança, até a questão de risco de acidentes melhora se o trabalhador estiver mais descansado”.

De acordo com o sindicato, os funcionários cobram também a diminuição do desconto que sofrem em seus salários para o pagamento do convênio médico.

Até o fechamento desta edição, a direção da Gerdau não havia se manifestado publicamente sobre a paralisação e as reivindicações de seus funcionários.

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