Com UTI’s lotadas, Pinda identifica mais de 780 casos de Covid-19 em janeiro

Cidade vê números de internações se elevarem rapidamente; Santa Casa destaca que gripários se mantêm cheios durante o mês

Principal ponto de atendimento a pacientes da Covid-19 na cidade; Santa Casa é considerada “suficiente” (Foto: Bruna Silva)

Bruna Silva
Pindamonhangaba

Em escalada acelerada dos casos de Covid-19, somente na primeira quinzena de 2021 Pindamonhangaba registrou 786 novos casos de Covid-19. O cenário é ainda mais delicado, ao analisar os óbitos, ao menos 11 pessoas morreram neste intervalo, secretaria de Saúde aguarda a confirmação de outros dois falecimentos.

Segundo a secretaria adjunta de Saúde, Mariana Prado Freire, os gripários (montados nos hospitais de campanha destinados para o atendimento do novo coronavírus) estão cheios devido ao aumento notório dos casos. Para a administração municipal, a elevação está relacionada às aglomerações das festas de final de ano, com alta circulação do vírus no município.

Desde o início do mês, a pasta percebe que o ciclo de preenchimento se deu primeiramente no atendimento nos hospitais de campanha, em internações na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e posteriormente em falecimentos. Atualmente, há cinco pacientes internados em outras cidades, devido à falta momentânea de leitos para tratamentos intensivos.

Apesar do cenário crítico, os responsáveis pela Santa Casa relataram que a quantidade de leitos disponíveis são o suficiente, uma vez que o número que chegou, recentemente, a 100% tem oscilado entre 70% e 80%. Eles descartaram também a criação de mais leitos, pois o período de estudo para a implantação seria semelhante ao de recebimento e imunização com a vacina Coronavac, produzida em estudo de parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Butantã, de São Paulo. Além da UTI, a unidade possui à disposição dos moradores da cidade cerca de vinte leitos de enfermaria que está anexa à terapia intensiva.

Em relação ao acompanhamento, a secretária destacou que os moradores devem buscar o atendimento médico com sintomas como febre, tosse seca, coriza e desconforto respiratório. “A qualquer momento é tempo de reverter essa situação. Fique em casa, é muito sério”, enfatizou Mariana Prado.

Corte – Outro fator que tem preocupado os gestores do SUS (Sistema Único de Saúde) em todo o Estado, é o corte de 12% no orçamento das santas casas. Em Pinda, os responsáveis estimam que a redução afete drasticamente todos os moradores que dependem da rede pública e buscam atendimento especializado na unidade. Entre as áreas mais afetadas pelo corte, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, além de custeio e complementação.

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