Com novas provas anunciadas, concurso de Pinda não tem abertura de inscrições e atende ausentes em teste cancelado
Prefeitura divulga datas para aplicação com quase quarenta mil participantes; secretaria de Administração opta pela divisão de dias para processo
Bruna Silva
Pindamonhangaba
Depois de anunciar que o concurso seria retomado, a Prefeitura de Pindamonhangaba divulgou, na última terça-feira (21), as novas datas de aplicação da nova prova. Ao todo, o processo será realizado em quatro domingos, iniciando no próximo mês e finalizando em março.
As provas serão realizadas nos dias 9 e 18 de fevereiro e 1 e 8 de março, em diferentes locais da cidade. No primeiro, dia 9, os testes aplicados serão para professor da educação básica (ensino fundamental e infantil) de manhã e, durante a tarde, para agente de controle de vetor, guarda, ajudante (obras/geral), auxiliar de almoxarife, operador de máquinas e mecânico.
Na manhã do segundo dia de prova (16), será a vez dos candidatos para as vagas de assistente de serviços gerais, auxiliar de topografia, pedreiro, coveiro, servente de obras, eletricista, agente comunitário de saúde e secretário de escola. Já na parte da tarde, participam os interessados em vagas para diretor de escola, dentista, engenheiro, assistente social, médico plantonista (clínico geral), pediatra plantonista, biomédico citologista, médico ambulatorial em clínicas básicas e especialidades (psiquiatria, médico do trabalho e fisioterapeuta).
No mês de março, as provas começam na manhã do dia 1, para agente de organização escolar, telefonista, fiscal de obras, auxiliar em saúde bucal, fiscal sanitário, desenhista, mecânico de equipamentos especiais. No período da tarde, provas para motorista especializado, auxiliar de enfermagem, fiscal de posturas, supervisor de área de controle de vetores para vigilância epidemiológica, topógrafo, protético, técnico em nutrição, auxiliar de classe e recepcionista.
No quarto e último dia de prova (8 de março), haverá aplicação apenas pela manhã para os cargos de psicólogo, nutricionista, enfermeiro, professor de educação física, arquiteto, médico do Programa Saúde da Família, terapeuta ocupacional, oficial de administração e técnico em enfermagem.
O secretário de Administração de Pinda, Fabrício Augusto Pereira, não acredita que haja privilégios para parte dos candidatos que possam ter mais tempo para estudar com relação aos outros. Ele destacou que os inscritos disputaram entre si as vagas e se dispuseram do mesmo período para se preparem.
A Prefeitura ressaltou que novas inscrições não serão admitidas, pois o prazo para inscrever-se já se esgotou. Somente as pessoas que se inscreveram, ainda no ano passado, poderão refazer as provas. A organização liberou a participação nas novas provas para os inscritos que não puderam comparecer no dia 4 de agosto.
Ainda de acordo com o secretário, a Prefeitura é a grande interessada no concurso público, pois há demanda de entregas de novas obras de saúde e educação, neste ano, e necessidade de ampliar o número de funcionários.
Morador de Pinda e candidato inscrito, Giovanni Ramos Pedrozo, 25 anos, destacou a distribuição dos dias de aplicação de prova como medida benéfica, para deixar o serviço mais organização. Sobre a prova anterior, Pedrozo comentou que, embora não tenha tido problemas diretamente, ouviu diversos relatos e reclamações assim que saiu de sua sala de prova sobre goteiras (chovia no dia 4 de agosto do ano passado), além de falta de cadeiras.
Um novo edital, indicando os locais de provas, deve ser publicado dentro de poucos dias.
Histórico – Contando com quase 32 mil inscritos, o concurso oferecia 127 vagas, distribuídas por 49 cargos. Organizado pelo Iuds (Instituto Universal de Desenvolvimento Social), que venceu o processo licitatório que contou com outras sete concorrentes, o certame teve sua prova aplicada em 4 de agosto de 2019, em 12 instituições privadas de ensino, distribuídas por Pinda e Taubaté.
Mas após cerca de trinta candidatos registrarem boletim de ocorrência na Polícia Civil e protocolar denúncias na ouvidoria municipal sobre falhas no processo e na organização, a Prefeitura decidiu em 6 de agosto suspender o andamento do concurso.
Na época, o Iuds negou qualquer irregularidade e apontou que um grupo isolado de candidatos agiu propositalmente para tumultuar o processo seletivo.
