Após acidente grave, trabalhadores da Gerdau fazem paralisação em Pinda

Paralisação de três hora em protesto às condições de trabalho na fábrica reuniu sindicalistas e trabalhadores da empresa depois de explosão

Protesto na Gerdau em Pinda após acidentes com cilindros; nenhum funcionário se feriu (Foto: Reprodução)

Bruna Silva
Pindamonhangaba

Os funcionários da Gerdau, em Pindamonhangaba, realizaram uma paralisação na manhã desta quarta-feira (3). O protesto foi aprovado pelos trabalhadores, em assembleia, após um grave acidente ocorrer nas dependências da fábrica.

De acordo com relato do Sindmetp (Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Moreira César e Roseira), um cilindro de ar, de cinco metros de altura e alta pressão que abastece a prensa do setor de forjaria estourou. Com a explosão portas foram arrebentadas, assim como maquinários e o telhado da empresa. Até mesmo um carro que estava no estacionamento sofreu danos com os destroços. Apesar da destruição, ninguém se feriu. Por outro lado, o local é de grande movimentação de trabalhadores. Ainda de acordo com a categoria, minutos antes do incidente, diversas pessoas estavam no local.
“Foi um milagre. Estourou justamente no melhor momento possível. Por mais que tenham testes anuais, como um cilindro perigoso está há quarenta anos funcionando do mesmo jeito, com a mesma estrutura? Alguns trabalhadores relataram que os cilindros já estavam apresentando uma vibração diferente. Cobramos uma investigação rigorosa a respeito”, afirmou o presidente do sindicato, André Oliveira.

A hipótese levantada sobre a causa do acidente pelos manifestantes é de que os parafusos que seguram a base do cilindro teriam se soltado e a queda causou o vazamento. O sindicato destacou ainda que tem cobrado a empresa sobre meios de segurança, como a validade do cilindro, além do porque ele não possui válvula de escape.

O protesto cobrou ainda o pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade aos trabalhadores do setor atingido pela explosão.

A Gerdau confirmou em nota que preza pelo diálogo contínuo e transparente com seus colaboradores e colaboradoras, sindicatos e demais públicos de interesse. A empresa reforçou ainda, que “a saúde e segurança de seus colaboradores e colaboradoras está sempre em primeiro lugar”.

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