Lorena realiza novo processo licitatório para aluguel de 33 boxes no Mercadão

Após redução de 50% no valor de mensalidade e isenção, expectativa é para negociação de 33 espaços

A comerciante Neide Serafim, que espera pelo aumento no movimento com as novas ações para ampliar o número de negócios no Mercadão (Foto: Francisco Assis)
A comerciante Neide Serafim, que espera pelo aumento no movimento com as novas ações para ampliar o número de negócios no Mercadão (Foto: Francisco Assis)

Jéssica Dias
Lorena

O Mercado Municipal de Lorena prepara um novo processo licitatório para o aluguel de boxes. São 33 espaços disponíveis, com valor de R$ 17,50 o metro quadrado. A licitação faz parte da campanha que tenta impulsionar o centro comercial, reinaugurado há um ano.

Em entrevista ao programa Atos no Rádio, o secretário de Administração, Luiz Fernando Almeida contou que o novo pregão está aberto a comerciantes de toda região. O processo está marcado para o próximo dia 19. Na próxima terça-feira, às 10h, uma comissão do Mercadão receberá os interessados nos boxes disponíveis.

São 48 no total, mas hoje, apenas 15 boxes são ocupados por pequenos negócios como mercearias, restaurantes e hortifrúti. “Nós recebemos reclamações e reivindicações de alguns funcionários referente ao preço do aluguel, pedindo alguns meses de isenção. O prefeito prontamente atendeu isso de duas formas, uma, através de um decreto reduzindo o valor do metro quadrado para R$ 17,50, dando a eles um certo fôlego; e através de um projeto de lei enviado à Câmara garantindo três meses de isenção no aluguel”, contou.

No período eleitoral de campanha, o prefeito de Lorena, Fabio Marcondes (PSDB), assumiu o compromisso de reformar o Mercadão. Foram R$ 3,4 milhões investidos no local.

As secretarias de Comunicação e Cultura dão auxílio aos eventos do Mercadão referente à realização semanal de eventos nos finais de semana, para atrair a população para o local. Após muitas procuras, a Prefeitura vai disponibilizar os boxes para utilização de outros produtos como ração de animal, banco e papelarias.

Dona de um espaço no Mercadão que vende cremes, pimenta, ervas naturais, mel, tudo feito com produtos naturais, Neide Serafim começou com o negócio em agosto de 2016. “Aqui tá crescendo, não é que tá no auge (sic), a partir de agosto com estrutura nova, o pessoal está conhecendo o Mercado, achando bonito, só que esta faltando abrir mais bancas”, comentou Neide, que pretende aumentar suas vendas. Para isso ela planeja comprar o boxe ao lado da sua loja.

“O movimento não é muito, mas dá para o gasto. Hoje, uma outra menina já trabalha comigo, porque aumentou (o movimento), e antes eu não trabalhava período integral porque sou professora do Estado, dava aula à noite e vinha nas horas de folga. Hoje já estou aguardando a minha aposentadoria”.

De acordo com o secretário, todos os recursos da reforma foram próprios da Prefeitura, sem nenhum tipo de financiamento ou aditivo. “A licitação será aberto para todas as pessoas que querem abrir comércio ou que já tenha seu negócio informal. Todos que já tem seu espaço no Mercado Municipal tiveram a redução do valor do aluguel e quem entrar (na licitação) também pagará o valor já em 50% reduzido e terá três meses de isenção do aluguel até conseguir um certo lucro, para após o terceiro mês começar a pagar”, salientou Almeida.

Apesar das medidas para auxiliar no crescimento das vendas, nem todos os comerciantes do Mercadão estão satisfeitos. Com uma lanchonete no Mercadão há um ano e seis dias, Flavio Jardim, o Carioca, falou das dificuldades de se conseguir um movimento no local.

“O cara passa aqui e não vê nada, não estimula, não da vontade do cara entrar. Agora com os boxes que vão vir mais gente, mais hortifrúti, loja de roupas, calçados, loja 1,99. Antes, era só hortifrúti, mas agora o pessoal está querendo outras coisas. Então, eles liberaram entrarem com outros produtos”, exaltou.

Além das reduções no aluguel e na isenção aos comerciantes, o Mercadão aposta na presença de serviços como o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), Sebrae, Ministério do Trabalho, Banco do Povo, secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Engenharia, além de um centro de atendimento do AME (Ambulatório Médico de Especialidade).

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