Inpe monitora focos de incêndio na região

Parceria entre instituto, Corpo de Bombeiros e prefeituras tenta reduzir número de queimadas; Lorena intensifica campanha de fiscalização e conscientização

Queimada em Lorena; ocorrências seguem mesmo com maior rigor (Foto: Arquivo Atos)
Queimada em Lorena; ocorrências seguem mesmo com maior rigor (Foto: Arquivo Atos)

Caroline Meyer
Região

Com o intuito de detectar as queimadas e atender as ocorrências com maior agilidade, uma parceria entre o Corpo de Bombeiros, prefeituras e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa) trabalha para localizar focos de incêndios na região. A ação foi intensificada no período de estiagem, quando a qualidade do ar cai.

Em Lorena, o secretário do Meio Ambiente Willinilton Portugal explicou a parceria com o instituto, destacando o acidente que devastou grande parte da Serra da Bocaína, em Bananal, em setembro do ano passado. “O Inpe consegue localizar rapidamente grandes focos de incêndio e avisar aos bombeiros ou ao município para que ele tome as providências cabíveis e assim evitar que tome grandes proporções, como o acidente que aconteceu em Bananal”.

A Prefeitura iniciou a campanha de conscientização com ações nas redes sociais com medidas e explicações sobre os riscos de queimadas para toda comunidade. “O município fica atento, orienta, faz divulgação na mídia impressa e digital, coloca foto e explica, mas é muito da consciência de cada um”, afirmou Portugal.

O apoio do instituto garante um controle mais pontual que as cidades da região exercem sobre as queimadas. Essa é a única ferramenta de estatísticas a respeito das ocorrências.

Mesmo com a divulgação, os focos de incêndio aumentaram devido a fatores como a falta de chuvas, o que deixa a umidade do ar ainda mais baixa, além do período de festas juninas, quando é maior a utilização de fogos e balões. “Soltar balões também é outro crime ambiental e pode causar acidentes. Então, qualquer terreno com esse clima quente e a noite fria, a vegetação sente e está propício a queimar. Uma bituca de cigarro é capaz de causar sérios problemas”, avisou o secretário, frisando o motivo das ocorrências aumentarem nessa época do ano.

Portugal, que é engenheiro químico industrial, destacou a responsabilidade comum a todos no que diz respeito ao recolhimento do lixo. “A nova Lei 12.305 de 2010 da Política de Gerenciamento de Resíduos Sólidos institui a responsabilidade, claro, ao poder público, mas também a sociedade civil e as empresas. Não simplesmente a prefeitura é responsável pela limpeza. Você gera resíduos, você tem que dar destino ambientalmente correto aos mesmos”, salientou.

Para diminuir o problema, capaz de causar danos não somente a fauna e a flora, como também ao próprio homem (por piorar a qualidade do ar causando casos de alergias e bronquites), a população deve além de fazer a coleta do lixo que produz, denunciar novas queimadas. “Denuncie, se há a comprovação de que a pessoa realmente cometeu esse ato, com fotos, ela será punida”, pediu o secretário.

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