Em um mês, Lorena registra aumento de 560% de infectados pela Covid-19

Cidade contabiliza 4 mortes e 66 casos confirmados; comércio e órgãos públicos são reabertos com decreto que seguiu Estado

No primeiro dia da quarentena com flexibilização, Centro de Lorena tem movimento e falta de máscaras (Foto: Colaboração Iesus Henrique)

Lucas Barbosa
Lorena

O boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Lorena no último final de semana apontou que o município registrou em um mês o aumento de 560% de casos confirmados de novo coronavírus (Covid-19). Devido a flexibilização das atividades comerciais a partir desta segunda-feira (1), parte da população teme o avanço da pandemia na cidade.

Publicado no site oficial da Prefeitura, o boletim revela que até a tarde do último domingo (31), a cidade registrou 66 moradores infectados pela doença, sendo que 39 já se curaram. O montante é quase seis vezes superior ao registrado no dia 30 de abril, que eram de apenas dez casos.

Já o crescimento percentual de mortes nem pode ser calculado, já que até o último dia de abril a cidade não havia tido nenhuma vítima fatal da doença. Em contrapartida, o numero atual é de quatro óbitos.

O caso mais recente foi a morte de um idoso, de 71 anos, no último dia 27. O paciente, que sofria de doenças crônicas, estava internado na Santa Casa de Guaratinguetá, onde realizava um tratamento de hemodiálise.

O aumento exponencial de casos tem gerado preocupação em parte dos moradores de Lorena, que teme que a situação se agrave diante à retomada das atividades de órgãos públicos e estabelecimentos comerciais considerados não essenciais.

Baixado no último dia 29 pelo prefeito Fábio Marcondes (sem partido), o decreto estabeleceu a partir desta segunda-feira a abertura de prédios públicos para o atendimento de moradores das 13h às 17h. Mas os usuários deverão seguir normas de segurança, como utilização de máscaras e manterem o distanciamento mínimo de dois metros dos outros.

O documento determinou ainda as retomadas dos funcionamentos de barbearias, concessionárias de veículos, comércio em geral, escritórios, imobiliárias, salões de beleza e templos religiosos.

Também autorizado a reabrir suas portas, o Eco Valle Shopping é obrigado a permitir funcionamento apenas de escritórios, imobiliárias e comércio de produtos considerados essenciais.

Além de exigirem que os funcionários e clientes utilizem máscaras, os comerciantes do shopping e das demais regiões do município deverão proibir aglomerações nos estabelecimentos. Os empreendimentos terão que limitar a entrada simultânea de consumidores, respeitando 35% de sua capacidade determinada pelo AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), que deverá estar exposta nas paredes.
As empresas devem manter a higienização constante dos locais, disponibilizando álcool em gel aos clientes nas portas de entrada e nos caixas.

De acordo com a Prefeitura, a flexibilização respeita o ‘Plano São Paulo’, anunciado pelo governador João Doria (PSDB) no último dia 27 e que estabelece as diretrizes para a reabertura gradual dos setores econômicos paulistas em meio à quarentena.

Nas ruas – Com característica comercial, a economia de Lorena retomou parte do ritmo já na manhã desta sexta-feira. Mas a preocupação se voltou para a aglomeração de pessoas nas ruas centrais e a falta de uso de máscaras, com flagrante na rua Doutor Rodrigues de Azevedo, a Rua Principal, um dos focos do movimento comercial na cidade.

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