Combate ao feminicídio ganha força com programa criado em Lorena

Prefeitura prepara ação que amplia estrutura de apoio a mulheres e inibir avanço da violência; cidade aguarda Patrulha Maria da Penha para 2025

Campanha de combate ao feminicídio; Lorena projeta ações para trazer segurança as mulheres da cidade (Foto: Reprodução EBC)

Andréa Moroni
Lorena

Lorena prepara para os próximos meses a implantação do Programa Municipal de Enfrentamento ao Feminicídio. O projeto de lei do Executivo engloba uma série de ações a serem implementadas na tentativa de gerar um cotidiano mais seguro para as mulheres na cidade.

A proposta foi aprovada pela Câmara, no último dia 21. Segundo dados da secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em agosto, foram registrados 16 casos de feminicídio no estado. Para a delegada Adriane Gonçalves, responsável pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Lorena, a luta para barrar a violência passou a fazer parte do dia a dia da sociedade. “O que temos agora é que estão denunciando mais os casos de violência, o que não acontecia antes”.

A delegada enalteceu a criação do Programa de enfrentamento ao feminicídio pela Prefeitura. “Qualquer iniciativa que amplie a discussão sobre o feminicídio e suas causas, e todo apoio fornecido à comunidade para o combate à essa violência tão brutal, é muito importante para que a sociedade civil se conscientize da relevância da mobilização sobre esse assunto.  A segurança é um direito de todos, e precisamos juntos adotar medidas para que esse direito seja desfrutado integralmente pelas mulheres.  A iniciativa municipal é um bom exemplo disso”, frisou

A diretora de projetos da secretaria de Políticas para as Mulheres de Lorena, Dra. Deise Rafaela explicou que o programa tem vários aspectos para prevenção e combate ao feminicídio. “Nós vamos realizar audiências públicas para ouvir a população e promover o fortalecimento e a articulação para formar uma rede de apoio”.

A secretaria vai elaborar um outro projeto, que também será enviado à Câmara, com o fluxo de atendimento às vítimas. “Não que essas mulheres não sejam cuidadas, elas já são, mas nós precisamos articular as ações porque existem bons trabalhos sendo executados, mas precisamos articular para que eles atendam um maior número de pessoas”, informou Deise.

Secretária de Políticas para as Mulheres, Valéria Fortes contou que a pasta está implantando um botão “SOS Mulher” dentro do aplicativo Sipp Cidade disponibilizado pela Prefeitura. “Quando a vítima procurar a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), registrar seu Boletim de Ocorrência e conseguir uma medida protetiva, ela pode se cadastrar no aplicativo. Com esse cadastro será possível fazer o monitoramento da vítima e do agressor”.

Outro projeto a ser implantado será a Patrulha Maria da Penha, que já está na Procuradoria Geral do Estado para ser assinado. “Vamos ganhar uma viatura através de emenda parlamentar, que será utilizada na Patrulha Maria da Penha. Ela será ligada à GCM (Guarda Civil Municipal) e deve estar em ação no início de 2025”, informou a secretária.

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