Vereador de oposição questiona déficit semestral de R$ 1,4 milhão da Saeg

Soliva pede esclarecimentos sobre prejuízo e detalhes do balancete analítico

O vereador Marcus Soliva, que cobrou autarquia (Foto: Arquivo Atos)
O vereador Marcus Soliva, que cobrou autarquia (Foto: Arquivo Atos)

Carlos Pimentel
Guaratinguetá

Em 2015, a Saeg (Companhia de Serviços de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá) apresentou um déficit histórico. Entre os meses de fevereiro e dezembro, o serviço teve um prejuízo de R$5,5 milhões. Nos primeiros seis meses de 2016, a companhia novamente fechou suas contas com o prejuízo de R$ 1,4 milhão.

Na semana passada, o vereador Marcus Soliva (PSB) apresentou um requerimento questionando o rombo na empresa, e solicitou o Balancete Analítico referente ao mês de junho de 2016, da Saeg.

De acordo com o vereador, algumas informações não estão claras no balancete de junho e destoam do padrão utilizado pela empresa com relação a publicidade de seus atos. “Estamos questionando quais são os gastos referentes a ‘serviços terceirizados’ e ‘outros serviços prestados’ que somam R$ 1,6 milhão, um valor significativo e que não tem especificações no balancete. Também por qual motivo houve tamanho investimento, por parte da presidência da Saeg em suas publicações oficiais referente a maio de 2016, no valor de R$ 22 mil, e para qual finalidade”, explicou.

O parlamentar ressaltou que a situação da Saeg é preocupante, pois vem apresentando prejuízos ao longo dos anos, e que uma empresa deficitária deixa de investir na melhoria da qualidade do serviço ou equipamentos. “A empresa que era a ‘menina dos olhos’ da Prefeitura, rentável, um exemplo de administração e que dava respaldo quanto a qualidade da água, está em uma situação preocupante e vem acumulando prejuízos, e nós queremos saber os reais motivos destes prejuízos absurdos”.

Soliva questionou a falta de detalhamento das dotações de ‘serviços terceirizados’ e ‘outros serviços prestados’, presentes várias vezes no balancete, e solicitou uma lista com os nomes das empresas, com CNPJ e os valores referentes aos serviços prestados.

“Duas empresas nós sabemos quais são. A CAB, responsável pelo esgoto, e a empresa Nova Opção, que faz a coleta do lixo na cidade. Mas as outras, que representam quase R$ 300 mil de gastos, não sabemos quais são, nem o que fazem”, salientou o vereador, que indagou a empresa sobre o motivo do ‘demonstrativo de despesa’ referente ao primeiro semestre de 2016 não estar disponível no site da companhia. Também quer saber os planos da Saeg para sanar os prejuízos.

Depois de receber o requerimento, a Saeg tem entre 10 e 15 dias para responder. A empresa pode pedir um tempo maior para a resposta, que pode chegar a sessenta dias. Se o prazo estipulado for ultrapassado, a Câmara vai estudar a abertura de uma comissão para estudar a situação.

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