Unisal ganha reconhecimento internacional por cursos de engenharia

Unidade de Lorena é a primeira do país a receber o selo de desenvolvimento através de projetos

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo) Lorena conseguiu a inclusão no seleto grupo da Iniciativa CDIO (Conceber, Desenhar, Implementar e Operar). O centro passa a ser a primeira universidade brasileira reconhecida pelo órgão.

O CDIO é uma organização que desenvolve pesquisa na graduação em engenharia através de projetos. A iniciativa reconheceu mais de 130 universidades do mundo e o reconhecimento da Unisal veio após participação da coordenação dos cursos de engenharia da universidade em uma conferência realizada em Concepción, no Chile, em abril deste ano.

O órgão prioriza os métodos ativos de ensino dos cursos de engenharia e é extremamente rigoroso para aprovar novas instituições de ensino. O reconhecimento veio após três anos de tentativas e foi oficializado no último dia 13.
Ao todo, a universidade conta com seis cursos de engenharia e tem, aproximadamente, 1400 alunos na área. Em 2011, a Unisal abriu a engenharia de produção. Um ano depois, foi a vez da elétrica, eletrônica, computação e civil e em 2013, a mecânica.

Para ser reconhecida, a Unisal precisou se adequar a 12 normas exigidas pela iniciativa. De acordo com o coordenador dos cursos de engenharia Lúcio Veraldo, existem cinco normas que a universidade possui um maior destaque. Veraldo enumerou a experiência em projetos, metodologia ativa, espaços de trabalho, formação docente e o processo de avaliação, como principais responsáveis pelo sucesso no aprendizado.

De acordo com o coordenador, a universidade oferece projetos interdisciplinares para todos os semestres dos cursos e o aluno tem autonomia para compartilhar o aprendizado. Essa liberdade para o estudante se encaixa dentro da norma de metodologia ativa e no processo de avaliação. Quanto à formação docente, a Unisal tem um grupo intitulado NAP (Núcleo de Assessoria Pedagógica), que prepara o profissional para ter características de ensino ativo.

A aluna Letícia Mara Barbosa, do quinto ano de engenharia de produção, avaliou como positivo o método de ensino aplicado pela universidade. “O projeto em si avalia o aluno de uma forma geral, conhecimento, prática, trabalho em equipe, adaptação a rotina. A prova não. Você estudou, decorou e faz. Por isso prefiro o projeto. Tem estudantes que gostam da metodologia e vão crescer com a proposta e outros que não gostam e preferem fazer apenas prova”, lembrou.

Questionado sobre os benefícios que o Unisal pode ter com o reconhecimento e uma possível abertura para intercâmbios com as universidades que compõem o CDIO, Veraldo disse que só será possível saber com a implantação do sistema. “Como somos a primeira do país, nós apresentaremos a proposta para outra universidade que quiser ter informações. Existe dentro da organização, uma forma de intercâmbio dos alunos durante os congressos. Então há possibilidade de levarmos um aluno para acompanhar a conferência internacional”.
A Unisal será representada no 12° Congresso Internacional do CDIO, na Finlândia, por dois projetos dos professores Cleginaldo Pereira de Carvalho e Lúcio Veraldo.

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