Transporte de Guará segue paralisado por atrasos de vale refeição

Greve, que começou na segunda-feira, continua; trabalhadores esperam resposta dos órgãos envolvidos sobre os atrasos

Ônibus do TUG são paralisados parcialmente em Guará; categoria aguarda posicionamento sobre vale alimentação (Foto: Arquivo Atos)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá

Após a segunda-feira (14) de manifestações dos funcionários da Oceano Rodoviário, empresa responsável pelo transporte público em Guaratinguetá, o serviço seguiu parcialmente paralisado na cidade, nesta terça-feira (15). A greve da categoria foi motivada pelo atraso de cerca de oito meses do pagamento do vale alimentação. Pela manhã, apenas sete ônibus do TUG (Transporte Urbano de Guaratinguetá) estavam em circulação. Segundo o Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, a expectativa é de que até o final da tarde haja uma resposta do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas sobre o caso.

Um dos momentos que marcaram o início da greve, foi a manifestação em frente ao prédio da Prefeitura, na manhã de segunda-feira. O secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Marco Antônio de Oliveira, destacou medidas que o poder público tomou para a redução dos prejuízos para a empresa de transporte público na pandemia. “Dentre as medidas estão a redução de linhas e horários, buscando o equilíbrio econômico e tentando amenizar o prejuízo nesta fase difícil. Por meio dessas ações da secretaria, o custo operacional da empresa foi reduzido, como também, podemos citar o ano passado, quando o Governo Federal realizou o pagamento de 50% dos salários dos colaboradores, e empresa demitiu cerca de 70 funcionários”, lembrou. “No ano passado fizemos o adiantamento dos valores do vale transporte dos servidores da Prefeitura, e neste ano, conforme o contrato, ocorreu o aumento do valor da passagem de R$ 4,10 para R$ 4,60”, completou.

Com contato entre Oceano e Prefeitura, o responsável pela pasta enfatizou que a empresa já procura soluções, já que com a paralização quase que total do serviço, o sindicato descumpre determinação da Justiça do Trabalho. “Importante ressaltar que há uma determinação da Justiça do Trabalho referente a manter 50% da frota operando, de segunda a sábado, e nos domingos e feriados um terço da frota. Com isso, a própria empresa já fez, ontem mesmo (segunda-feira), um Boletim de Ocorrência. Inclusive há previsão de multa diária de R$ 10 mil  contra o sindicato”, contou Oliveira.

O vice-presidente do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, Ronaldo Costa, afirmou que a paralisação continuará até que uma resposta positiva chegue aos funcionários. “Não tivemos posicionamento de lado nenhum, nem do poder público e nem da empresa. Estamos aguardando o resultado da TRT de Campinas, onde a empresa já acionou, estamos esperando se manifestarem, para marcarmos uma audiência de conciliação para resolvermos a situação. O transporte público tende a continuar esse movimento até que haja uma atenção da Prefeitura, da empresa, ou até mesmo do TRT de Campinas”, frisou.

Segundo a secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, algumas das principais linhas que funcionavam pela manhã eram Jardim do Vale, Santa Luzia, e Engenheiro Neiva. Desde o início da greve, a Prefeitura ampliou os horários do transporte complementar já atuante na cidade, e analisa possibilidades jurídicas de incluir novas modalidades para auxiliar o transporte dos moradores, como, transporte escolar particular e táxis.

Durante o dia, o monitoramento da situação segue sendo feito pela empresa Oceano, junto à Prefeitura, por meio das câmeras integradas do COI (Centro de Operações Integradas).
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