Soliva revela gestora e investimento de R$ 15 milhões para funcionamento da UPA

Unidade substituirá o Pronto Socorro Municipal e conta com orçamento milionário para primeiros meses; Guará busca um maior apoio estadual para saúde

A UPA de Guará, prestes a ser entregue após período servindo como hospital de campanha contra covid (Foto: Reprodução PMG)

Lucas Barbosa
Guaratinguetá

Alvo de cobranças por parte da Câmara nas últimas semanas, a Prefeitura de Guaratinguetá revelou na quinta-feira (23) detalhes do plano gestor e financeiro da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que será inaugurada em breve na região central. Construído por meio de recursos federais, o aparelho de saúde será responsável pelo atendimento a casos de urgência e emergência.

Ao programa Atos no Rádio, o prefeito Marcus Soliva (PSC) confirmou a recente assinatura do contrato com a direção da Santa Casa, que será a gestora da UPA. Além de explicar que o trâmite não necessitou da abertura de licitação, já que a contratada é uma entidade filantrópica, ele destacou que a escolha levou em conta o fato de que será mais ágil a transferência de pacientes da UPA ao prédio Santa Casa, já que no fim do ano passado foi implantada uma passarela interligando os dois hospitais.

Custeada por um investimento federal de R$ 3,07 milhões, a UPA assumirá os atendimentos a casos de urgência e emergência, o que resultará na desativação do Pronto Socorro Municipal, que atualmente funciona anexo ao Hospital Frei Galvão. Com sua construção iniciada em 2020, o prédio da UPA teve como primeira missão abrigar o Hospital de Campanha para o atendimento às vítimas da Covid-19.

Além de explicar a complexidade do processo de implantação da UPA, Soliva revelou detalhes do investimento municipal que será necessário para manter seu funcionamento. “Temos ainda muito assuntos importantes em discussão, já que não é nada simples transferir o serviço do PS para a UPA, que possui uma área ampla de 3.500 m². Isso é algo também que demanda esforço financeiro, já que a Prefeitura terá um gasto de R$ 15 milhões para custear o funcionamento da nova unidade por seis meses”, explicou. “Apesar disso, essa mudança será benéfica, pois a proximidade da UPA à Santa Casa agilizará a transferência de pacientes graves, o que será determinante para salvarmos muitas vidas”.

O novo aparelho público foi tema de debate nas últimas semanas na Câmara. Durante entrevista ao Jornal Atos, no último dia 17, o presidente da Comissão de Saúde, vereador Marcelo de Assis, o Marcelo da Santa Casa (PSD), cobrou do Executivo que sejam esclarecidos detalhes sobre a futura gestão da UPA, como seu contrato e plano operativo de trabalho.

Apesar da Prefeitura não cravar a data, a expectativa é que a nova unidade seja inaugurada no início de julho.

Apelo – Em sua participação no Atos no Rádio, Soliva aproveitou a oportunidade para descrever o cenário de dificuldades enfrentado pelo Vale do Paraíba na área da saúde e as ações que vem desenvolvendo em busca de contribuir para a solução de parte dos problemas. Segundo o prefeito, seus principais objetivos são conquistar mais recursos estaduais para o setor e viabilizar a implantação de um hospital regional na cidade. “Estamos batalhando para conseguir o aval e o apoio financeiro necessário do Estado para que o Hospital Frei Galvão evolua para um atendimento regional. Já tivemos uma reunião sobre o tema com a secretaria estadual de Saúde e teremos uma nova na próxima segunda-feira (27). Isso ajudaria muito a região, que vem sofrendo com a falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e com uma demanda de mais de 21 mil cirurgias eletivas represadas, sendo seiscentas apenas em Guará. Percebo que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) está empenhado em nos ajudar a mudar esse quadro”.

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