Seguindo passos de Bolsonaro, PSL já articula nomes na região com foco na eleição de 2020

Vereadores de Guará debatem trocas de siglas; cidade recebe presidente eleito para formatura da EEAR

O presidente eleito Jair Bolsonaro, que deve passar por Guaratinguetá para formatura no próximo dia 30 (Foto: Reprodução)
O presidente eleito Jair Bolsonaro, que deve passar por Guaratinguetá para formatura no próximo dia 30 (Foto: Reprodução)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Antes considerado “partido nanico”, o PSL (Partido Social Liberal) se tornou uma das principais siglas partidárias do País após as eleições de outubro. Dono da segunda maior bancada na Câmara dos Deputados e legenda do presidente eleito Jair Bolsonaro, o PSL tenta atrair filiados para as eleições municipais de 2020. Na região os articuladores trabalham com nomes nos bastidores para concorrer ao Legislativo e ao Executivo. A “carta na manga” é a figura de Bolsonaro, militar da reserva, que deve vir à Guaratinguetá no próximo dia 30.

Assim como acontece no resto do Brasil, as principais articulações são com militares que pretendem ingressar na vida pública. O vice-presidente do partido em Guaratinguetá, Enéas Pasin, confirmou que o PSL negocia com militares da ativa em cidades da região. Lorena e Guará seriam dois focos principais da sigla para as eleições municipais em 2020.

Pasin preferiu manter cautela ao falar sobre possíveis nomes. “A movimentação para 2020 existe, assim como existem vários nomes da política regional em busca do partido do presidente, o que é natural. Mas não existe nenhum nome certo ou sondagem que diga ‘ponto final’ para candidatura de prefeito ou vereador em Guaratinguetá”, afirmou.

Ainda segundo Pasin, o partido tem como objetivo principal na região fazer nomes para o Legislativo. Quanto a possíveis pré-candidatos ao Executivo, o representante do PSL deixou claro que só entrará na disputa quem tiver condições de vencer o pleito. “Existem pessoas que estão em volta do partido, que têm o desejo de ser candidato a prefeito. Uma coisa é você querer e outra é você ter musculatura suficiente para ser candidato e vencer. Algumas pessoas acreditam que se apoiando no Jair Bolsonaro saem na frente. Eu vejo que pode até dar vantagem, mas não dá a vitória. Tem que ser um trabalho bem feito com pessoas ligadas à política”.

Troca? – Nesta semana, o vereador Fabrício Dias (MDB) anunciou a visita do presidente eleito, Jair Bolsonaro, à Guaratinguetá no próximo dia 30. Segundo Dias, o presidente vai participar da cerimônia de formatura dos sargentos da Escola de Especialistas da Aeronáutica. A formatura dos militares é compromisso de agenda de Bolsonaro nos últimos anos.

O vereador foi questionado sobre a especulação de troca de partidos envolvendo seu nome. Dias estaria negociando a saída do MDB e a entrada no PSL. “Alguma coisa já está acontecendo, mas é prematuro comentar qualquer coisa. Eu pertenço ao MDB, ao partido em Guaratinguetá, e defendo as bandeiras e objetivos do partido ao qual pertenço”, enfatizou.

O vereador era militante ativo pela criação do Partido Militar e enxerga que o PSL pode ser uma alternativa para os militares entrarem na política.

Brasília – O PSL elegeu 52 deputados federais. Há quatro anos, a sigla havia eleito apenas um parlamentar, e tenta alcançar a marca de 61 deputados com a janela partidária aberta. Se a projeção se confirmar, o PSL ultrapassaria o PT, que tem 54 nomes eleitos, e se tornaria a maior bancada da Câmara. As negociações para possíveis trocas de legenda estão abertas.

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