Santa Casa justifica ocorrência de Guará atendida pelo Samu de São Sebastião

Problema em atendimento à mulher que passou mal em supermercado gera preocupação sobre serviço; ligações para o 192 são atendidas por Samu do Litoral Norte

Ambulância do Samu de Guaratinguetá; número de emergência está indisponível para população (Foto: Reprodução)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Guaratinguetá foi questionado após uma funcionária de um supermercado no Centro passar mal e precisar ser socorrida pelo atendimento móvel. Até que ela fosse amparada pelos paramédicos, diversas tentativas de contato com o telefone 192 foram feitas. Todas sem sucesso. Uma das ligações caiu no Samu de São Sebastião, no Litoral Norte.

Um telefone fixo do Samu de Guará foi passado pelo atendente da cidade litorânea. Administradora do Samu na Terra de Frei Galvão, a Santa Casa negou que o problema seja recorrente.

O caso envolvendo o atendimento à mulher ocorreu no último dia 22, por volta das 17h. Por coincidência, a reportagem do Jornal Atos estava no local no momento em que funcionários e clientes tentavam ligar para o telefone 192, o número oficial de emergência do Samu. As chamadas não eram concluídas. Em determinada tentativa, um funcionário do Samu de São Sebastião atendeu a ligação e informou que o telefone para emergência de Guaratinguetá era 3128-4040. Neste número foi possível solicitar uma ambulância.

Entre as tentativas de ligações para o 192 até a efetivação do pedido de atendimento, passaram-se cerca de cinco minutos. A direção da Santa Casa de Guaratinguetá foi procurada para responder sobre o que pode ter ocorrido com as chamadas feitas neste dia e se esse é um problema recorrente.
“Que nós tenhamos registros, não tivemos problema algum. Primeiramente, toda gestão é feita pela empresa de telefonia do Estado. Na realidade, algumas práticas nós adotamos para melhorar a logística não só para Guaratinguetá, mas para todas as regionais”, explicou o diretor administrativo do hospital, André Bastos. “Devido à transmissão de antena, a operadora pode estar utilizando uma antena que está situada em outra região. Em Guaratinguetá, recebemos muitas vezes chamadas do Litoral Norte. Mas nós não passamos o número da regulação, nós fazemos o contato direto, já transferimos a ligação para a regional de referência de atendimento”, revelou.

De acordo com Bastos, é comum ocorrer de moradores de outras regiões buscar atendimentos por telefone com o Samu de Guaratinguetá. “Já aconteceu do litoral, Sul de Minas também. Normalmente acaba acontecendo com quem faz ligação por telefone móvel (celular, smartphone), devido essa questão de roaming, alteração de antena. Telefonia fixa não temos histórico disso”, afirmou.

Região – Três dias antes da ocorrência de Guaratinguetá, a central do Samu de Taubaté ficou 24 horas sem o serviço de atendimento pelo 192. Além de Taubaté, Campos do Jordão, Tremembé, Santo Antônio do Pinhal, Lagoinha, Redenção da Serra, Natividade da Serra e São Luiz do Paraitinga ficaram com o serviço incomunicável. Em entrevista ao portal G1 do Grupo Globo, a empresa responsável alegou que fios teriam sido furtados e isso gerou falha na comunicação.

O diretor da Santa Casa de Guaratinguetá negou a ocorrência do dia 22 tenha ligação com o problema registrado em Taubaté. Segundo André Bastos, não há nenhuma falha.

Na última segunda-feira (31), a reportagem do Jornal Atos entrou em contato com o serviço, tanto pelo 192 como pelo 3128-4040. Ambos os números foram atendidos normalmente pelo Samu de Guaratinguetá.

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