Santa Casa de Guará relata falta de medicamentos e teme que terapias sejam afetadas

Hospital é referência para hemodiálise e atende 17 municípios da região; aumento de até 3000% nos medicamentos prejudica atendimento

Um dos acessos à Santa Casa de Guará, que sofre com dificuldade para atendimentos após a falta de insumos (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Guaratinguetá

Referência para 17 municípios da região, a Santa Casa de Guaratinguetá tem enfrentado dificuldades para comprar insumos e medicamentos para atender os pacientes. O hospital confirmou que o estoque de soro hospitalar, usado para pessoas em tratamento de hemodiálise preocupa.

O cenário informado pela direção do hospital vai de encontro ao diagnóstico feito pela CNS (Confederação Nacional de Saúde), que alerta para falta de medicamentos e insumos, relatara por hospitais e farmácias em todo o país, segundo levantamento do setor. Cerca de 75% das clínicas de hemodiálise tem encontrado dificuldades para comprar soro hospitalar. Situação vivida pelo hospital de Guaratinguetá.

A Santa Casa confirmou que o preço de insumos e medicamentos disparou e a situação hoje é pior do que o início da pandemia. De acordo com o diretor administrativo do hospital, André Barros, tem havido falta de soro hospitalar e soluções parentais. “Estamos sim (com problema de abastecimento), principalmente soro de um modo geral, algumas medicações de controle hemodinâmico, alguns antibióticos. O pior de tudo, além do desabastecimento, é o aumento expressivo de preço”, destacou Barros.

Segundo o diretor, para alguns casos, o aumento chega a mais de 3000%, devido a oferta e procura. “Nosso maior receio é afetar a terapia renal e hemodiálise, porque eles utilizam o soro durante a terapia. Alguns serviços começaram a ser afetados. A gente tem tentado algumas substituições medicamentosas, mas alguns medicamentos não tem substituto. Então ficamos refém da disponibilidade de mercado”, destacou.

Ainda segundo o diretor, as vezes o pedido chega a ser concluído pelo hospital, mas o fornecedor não tem estoque para entregar.

A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) apontou que 2.469 cidades relataram falta de medicamentos básicos de assistência farmacêutica. O resultado da pesquisa ilustra que o problema atinge todas as regiões e boa parte dos municípios brasileiros.

A reportagem do Jornal Atos tentou contato com o Ministério da Saúde, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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