Reunião por Plano de Cargos e Salários reduz atrito entre Soliva, Sindicato e servidores

Executivo apresenta pisos salariais e Sisemug descarta paralisação no funcionalismo; Câmara tenta agilizar tramitação de proposta após semanas de atritos entre órgão e governo

Acompanhada por Celão e Ayres, a secretária Gabriela Tomar responde questão de servidor na Câmara (Foto: Leandro Oliveira)
Acompanhada por Celão e Ayres, a secretária Gabriela Tomar responde questão de servidor na Câmara (Foto: Leandro Oliveira)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Uma reunião fechada, na manhã da última sexta-feira, na Prefeitura de Guaratinguetá, colocou na mesa os pisos salariais analisados pelo Executivo para a implantação do Plano de Cargos e Salários. Participaram da reunião membros da Prefeitura, da Câmara, do Sisemug (Sindicato dos Servidores) e os funcionários públicos municipais.

Dos 2.850 servidores municipais, 61% recebe algum tipo de vantagem pessoal. O Tribunal de Justiça determinou a extinção das vantagens, não dando a possibilidade de apresentação de recurso por parte da Prefeitura. Com a determinação, o percentual terá perdas salariais.

A elaboração do Plano de Cargos e Salários surgiu como opção para evitar a perda.

Alvo de interesse direto dos trabalhadores, os números referentes aos pisos salariais foram apresentados pelas representantes das Relações Institucionais e Departamento Pessoal, Gabriela Tobar e Letícia Leal. “Hoje foram apresentados números mais precisos e foi exposta a realidade do nosso cenário para implantação do plano de cargos. O encontro foi produtivo porque estamos com uma comissão de servidores e todos viram a complexidade do assunto e ficaram imbuídos em se unir com a Prefeitura para encontrar o melhor meio para ter um plano mais adequado para contemplar todos os servidores”, destacou Letícia.

Após o encontro, o Sisemug recuou da possibilidade que havia aberto na última quarta-feira, durante uma reunião na Câmara Municipal, de uma possível assembleia e paralisação por parte dos servidores. O presidente do sindicato, José Eduardo Ayres, avaliou como positiva a reunião da última sexta e negou qualquer possibilidade de greve neste momento. “Vejo como desnecessária para o momento (a paralisação). A gente queria chegar nessa reunião de hoje, para ter os números. Hoje foi explicado por parte do prefeito o motivo de não terem revelado os valores antes. Esse é um momento de insegurança, pois vai atingir o bolso dos servidores. A partir de agora, trabalhando em conjunto, para que chegue num final positivo, está descartada a assembleia e paralisação”, afirmou Ayres.

Com participação ativa no debate, os vereadores tentam agilizar a tramitação do documento, que será encaminhado à Câmara. O presidente, Marcelo Coutinho, o Celão (PSD), confirmou que as comissões que analisarão o documento estão engajadas neste momento em analisar o projeto para evitar longa demora dentro da Casa. “Os vereadores que compõe as comissões de Constituição e Justiça, e Finanças, duas em que o projeto tramitará, já estão discutindo. Já temos a possibilidade de discuti-lo agora, portanto isso encurta o tempo que esse projeto permanecerá na Câmara”.

Para o prefeito Marcus Soliva (PSB), os ajustes que continuam sendo feitos no documento são para buscar novas diminuições das perdas salariais. Sem o plano de cargos, 61% dos servidores sofreriam redução nos pagamentos. Com o plano, o percentual é de 30%.

“Nós vamos chegar num denominador comum. Temos trinta dias para aprovar esse projeto para implementar na próxima folha salarial de outubro”, revelou o prefeito, ao se referir sobre o prazo máximo para aprovação do projeto.
A partir dessa apresentação, a comissão formada por servidores, vereadores, Sindicato e líderes do Executivo, vai se reunir novamente na próxima semana. O primeiro encontro acontece às 18h desta segunda-feira, na Prefeitura.

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