Prefeitura e Unitau discutem sobre futuro polo em Guará

Reitoria busca prédio que deve abrigar quatro cursos de biomedicina

A escola estadual Rodrigues Alves, que passou perto de ter Unitau (Foto: Juliana Aguilera)
A escola estadual Rodrigues Alves, que passou perto de ter Unitau (Foto: Juliana Aguilera)

Juliana Aguilera
Guaratinguetá

O prefeito Marcus Soliva (PSB) se reuniu, no último dia 20, com a reitora da Unitau (Universidade de Taubaté), Nara Fortes, para discutir a instalação do futuro polo da universidade. Foram visitados possíveis locais para abrigar os quatro cursos de biomedicina. A escola estadual Rodrigues Alves estava na lista, mas foi desconsiderada por não possuir espaço suficiente para os futuros alunos do polo e para os mil estudantes que possui atualmente.

Entre as necessidades apontadas pela Universidade está um prédio de 1,2 mil m² de área construída, seis salas para os cursos de medicina, odontologia, biomedicina e nutrição, laboratório e área administrativa. Haverá ainda uma extensão para o curso de educação física.
A Prefeitura havia recebido a doação de um terreno de 30 mil m² para a construção da universidade, mas a diretoria optou por investir em um prédio desocupado. “Ela decidiram pegar um prédio pronto por questões financeiras e pelo tempo. Se for necessário fazer alguma adaptação, eles irão investir nela”, explicou.

Soliva afirmou que a Prefeitura não possui uma escola desativada que possa atender às necessidades da futura unidade, mas a decisão sobre o local deve acontecer até o fim deste semestre. “Temos até falta de prédio para escolas do ensino fundamental. Quem tem mais possibilidade de área sobrando é o Estado, eles doaram o prédio da Embaixador Rodrigues Alves, que estava desativada, para a transferência das delegacias”, explicou.

A escola estadual Conselheiro Rodrigues Alves, conhecida como Instituto, foi desconsiderada pois comprometeria os mil alunos que estudam atualmente no local. Com o último remanejamento, ela agora recebe estudantes do bairro Rocinha e alunos da escola estadual Dr. Flamínio Lessa. “O Instituto serviria, mas teriam que sair todos os alunos e não queremos isso. O Estado mesmo teria problema em remanejá-los”, afirmou.

Inicialmente, seriam usadas apenas quatro salas de aula do primeiro andar do Instituto pela Unitau. Com a decisão de implantar uma universidade ao invés de faculdade, a instituição é obrigada agora a oferecer pelo menos três cursos e o espaço ficou pequeno.

O objetivo é que a Unitau já disponibilize o vestibular para o polo de Guaratinguetá no fim deste ano. Em Taubaté, o curso de medicina é um dos mais tradicionais e procurados da universidade, ofertando 60 vagas por semestre.

Baixa – O acordo entre a Universidade e a Prefeitura deve significar não só o investimento do município na ampliação do setor, como também a tentativa de recuperação da Unitau, que registrou fechamento orçamentário menor que o esperado no último ano.

A Universidade de Taubaté arrecadou 8% menos do que o previsto em 2018. Uma matéria publicada pelo jornal “O Vale”, destacou que a entidade, autarquia ligada à Prefeitura de Taubaté, apresentou receita de R$193 milhões em audiência para prestação de contas de metas fiscais do terceiro quadrimestre, na Câmara. A expectativa era para uma receita de R$213 milhões.

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