Prazo para conclusão das obras do Mercadão em Guará se arrasta e é adiado para 2027

Nova licitação tem previsão para ser aberta este ano; valor da obra conta com contrapartida da Prefeitura no valor de R$ 200 mil após termo aditivo

Estrutura interna do Mercadão de Guará; com o novo prazo, as obras terão um aditivo de R$ 200 mil (Foto: Gabriela Oliveira)

Gabriela Oliveira
Guaratinguetá

A secretaria de Turismo de Guaratinguetá já trabalha com um novo termo aditivo no contrato da reforma do Mercado Municipal, aprovado na Câmara. A medida prorrogou o prazo para conclusão das obras em pouco mais de três anos, ou seja, para outubro de 2027. Uma nova licitação será feita ainda este ano, para a continuidade da reforma.

O Executivo informou que aguardava a liberação do Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos) para a aprovação do termo aditivo, necessário devido à saída da Codesg (Companhia de Desenvolvimento de Guaratinguetá), que estava responsável pelas obras no período de julho de 2022 a abril de 2024. Segundo o secretário de Planejamento, Gonçalo Ferraz, não há um cronograma oficial para o reinício das obras, mas a previsão de continuidade será imediata após a escolha da nova empresa terceirizada. “Qualquer mudança, mesmo com a contrapartida da Prefeitura, temos que pedir autorização para o Dade. Tudo isso tem procedimento, por isso a demora”, argumentou.

Mudanças nos itens do projeto foram incluídas no termo aditivo, como o layout dos boxes, que estava previsto para sofrer mudanças, mas agora será mantido, além da troca dos vitrais, que seriam instalados nas laterais do mercado, por venezianas industriais, com o objetivo de barrar a entrada de pássaros e minimizar a demanda por manutenção.

Com o novo prazo, as obras, que estavam previstas para serem concluídas em 2022, terão um aditivo de R$ 200 mil, verba que será destinada como contrapartida pela Prefeitura. O repasse inicial custeado pelo Dade é de cerca de R$ 3 milhões.

O atraso para a conclusão das obras impacta, principalmente, o trabalho de quem vive da receita gerada pelo comércio local. Problemas já relatados anteriormente, como a presença de fezes de passarinho, fiação aparente e pisos mal acabados, permanecem sendo queixas frequentes entre os permissionários.

“O chão mal terminado, como os pisos em alto relevo que as pessoas podem cair, os andarilhos que causam insegurança nos idosos, tudo isso preocupa, porque a gente sempre tem que estar vigiando. Eu mesma já socorri pessoas que caíram, mais de uma vez”, relatou uma funcionária, que trabalha há quatro anos no local, e não quis se identificar.

Já Rafael Simões, 29 anos, que trabalha há cerca de 12 anos no Mercadão e acompanha o projeto da reforma desde o início, revelou que a última reunião sobre os rumos da obra foi realizada em 2023, mas ninguém informou como ela iria seguir. “A lentidão atrapalha, porque dependendo do que será feito, precisa interditar o corredor. As pessoas passaram a evitar vir aqui e preferem ir a supermercados e feiras”, lamentou.

Segundo o secretário de Obras, Paulo Barros, 68 permissionários estão cadastrados e pouco mais de vinte vagas estão disponíveis para interessados. Questionado sobre as situações relatadas pelos comerciantes, ele informou que a administração está trabalhando em soluções para coibir alguns problemas. “Estamos comprando telas ‘anti-pássaros’ para serem instaladas nos arcos do mercado e diminuir o acesso deles, principalmente no período noturno”.

Em relação à segurança, o secretário revelou que pretende viabilizar a atuação de uma empresa privada para fazer a vigilância do local e conter possíveis furtos e vandalismo.

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