PM estuda implantar “Vizinhança Solidária” contra arrombamentos no Village Santana

Moradores de bairro em Guará têm sido alvos de furtos em residências; registro de ocorrências é essencial para monitoramento

Janela de uma das casas invadidas por criminosos no Village Santana (Foto: Colaboração)
Janela de uma das casas invadidas por criminosos no Village Santana
(Foto: Colaboração)

Da Redação
Guaratinguetá

Sair para trabalhar e deixar a casa vazia se tornou um pesadelo para moradores do bairro Village Santana, em Guaratinguetá. Os registros quase que semanais têm assustado os proprietários de residências na região.

Um vídeo que circula através da rede social Whatsapp, gravado através de câmeras de monitoramento, mostra um casal, de bicicleta, tirando foto do cadeado de uma casa. Primeiro, uma jovem desce da bicicleta, vai até a frente da casa e faz fotos. Em seguida, o rapaz se aproxima e faz o mesmo.

A moradora do bairro, Tanusa Pamponi, teve a casa arrombada em fevereiro e afirma que até hoje teme uma nova ação. “A minha casa foi assaltada às cinco horas da tarde. Fiz o boletim de ocorrências, a polícia descobriu quem era, prendeu, mas não conseguiu recuperar nada e o rapaz saiu antes de mim da delegacia. Isso me deixou muito indignada. Depois disso tem acontecido vários assaltos lá”, contou a moradora da parte alta do Village. “Eu saio para trabalhar com medo de voltar e minha casa ter sido arrombada”.

Em outro caso, a casa de uma promotora de eventos foi esvaziada pelos ladrões.

O comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar de Guaratinguetá, o capitão Geraldo Nogueira, informou que a PM já está trabalhando com as informações. “Não há um grande número de registros, mas uma ocorrência que seja já é motivo da gente se preocupar e melhorar nossas ações. A gente tem feito ao longo da semana algumas operações, trabalhado com informações que a comunidade nos passa”.

De acordo com o comandante, a intenção é implantar programas para facilitar a ação dos policiais. “Já traçamos algumas metas em conjunto com associação de bairro, entre elas, o estabelecimento do programa de Vizinhança Solidária, para que a gente pegue essas informações que são repassadas ou são compartilhadas entre as pessoas nas redes sociais e possa trazer mais rapidamente à Polícia, principalmente no aspecto preventivo”.

A expectativa é de que a proposta consiga atrair o morador a participar do combate ao crime. “Às vezes a pessoa está vendo alguma coisa diferente, está observando alguma coisa que gera uma suspeita, aí ela já entra em contato com a polícia e com os vizinhos”.

A Polícia orienta ainda que, ao sair de casa ou viajar, o morador comunique o vizinho; evite colocar cadeados do lado de fora do portão, isso pode denunciar a saída dos moradores. “Evite deixar o portão da garagem aberto; instale dispositivos de segurança como reforço da tranca normal de portas e janelas; evite comentar com pessoas estranhas que irá viajar; peças ajuda aos vizinhos para não deixar acumular jornais e correspondências; e não deixe a luz acesa dia e noite. Em caso de arrombamento ou atitudes suspeitas, o morador deve comunicar a Polícia através do 190”.

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