Pais protestam contra fechamento de salas do Éboli em Guará

Medida atinge classes do período noturno e pode prejudicar estudantes que ingressaram na Guarda Mirim

Alunos na saída da escola "José Pereira Éboli", foco de polêmica após medida anunciada na cidade; alteração levou preocupação para pais (Foto: Lucas Barbosa)
Alunos na saída da escola “José Pereira Éboli”, foco de polêmica após medida anunciada na cidade; alteração levou preocupação para pais (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Guaratinguetá

Pais de alunos do colégio estadual Professor José Pereira Éboli, no Jardim Esperança, em Guaratinguetá, se reuniram na manhã da última sexta-feira para protestarem contra o fechamento das classes do período noturno. Eles afirmaram que a medida deve prejudicar pelo menos 56 alunos selecionados para entrarem na Guarda Mirim da cidade.

Irritados com a falta de respostas por parte da Diretoria de Ensino Região de Guaratinguetá, pais de estudante, se concentraram na saída dos estudantes em busca de um policiamento da direção do Éboli.

Para a dona de casa, Eliana Molina, 53 anos, que possui dois filhos matriculados no colégio, o fechamento das classes no período noturno dificultará o cotidiano das crianças e adolescentes do Jardim Esperança, já que terão que ser transferidas para outra escola. “A maioria dos alunos que conseguiram entrar na ‘Guardinha’ precisam estudar a noite por causa do horário do serviço. Aqui é tão grande, porque os alunos terão que andar quilômetros para estudarem em outro colégio. Não dá para entender esse fechamento”, protestou.

Eliana apontou ainda outros fatores que prejudicarão os estudantes. “Muita família não vai ter dinheiro para pagar o ônibus para as crianças estudarem em outros bairros. Isso vai acabar forçando eles irem a pé. Todo mundo sabe que a cidade está muito violenta. Se para a gente que já é adulto é perigoso andar à noite, imagina para essas crianças.

A também dona de casa, Regina Helena Santos, 40 anos, que tem um filho que ingressou na Guarda Mirim, criticou a falta de informações fornecidas aos estudantes. “Ninguém nos explica nada, não sabemos se esse fechamento é da readequação que o Estado queria fazer, ou isso é uma decisão regional”, cobrou, ao indagar a medida estadual. “Por não ter mais o primeiro ano do colegial noturno, não sei como meu filho vai fazer no segundo semestre. Vai ficar muito difícil ele conseguir estudar a tarde e mesmo assim trabalhar na Guardinha”, lamentou.

Éboli – O Jornal Atos solicitou um posicionamento da direção do colégio estadual Professor José Pereira Éboli, mas foi informado pela coordenação que o colégio não tem autorização para se pronunciar sobre o caso.

Estado – Em nota oficial, a Diretoria Regional de Guaratinguetá informou que este ano a escola Professor José Pereira Eboli não abriu turma de Ensino Médio para o período noturno por falta de demanda, mas existem duas unidades à disposição para quem precisa estudar à noite: uma delas está na região central e a outra a menos de um quilômetro de distância da E.E. Prof. José Pereira Eboli.

Além disso, o dirigente regional reuniu-se com a diretoria da Guarda Mirim para alinhar os prazos entre a chamada de novos profissionais e o período de matrícula da rede estadual para o próximo ano.

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