Obra na infraestrutura da Rodoviária em Guará preocupa usuários e trabalhadores por demora

Com investimento de R$ 475 mil, trabalho tem previsão de encerramento até março; Prefeitura tenta antecipar cronograma após reclamações

Rodoviária em Guará, que devido a obra em andamento sofre com alagamentos em períodos de chuva (Foto: Beatriz Bedendo)

Beatriz Bedendo
Guaratinguetá

A Estação Rodoviária Quinzinho Fernandes está em obras desde novembro do ano passado e a situação já tem causado preocupação para quem trabalha e utiliza o espaço. Com previsão de quatro meses e orçamento de R$ 475 mil, o objetivo do projeto é solucionar o problema de goteiras e infiltrações de maneira definitiva.

Entre telhamento e calhas, a reforma inclui a substituição de toda a cobertura do terminal. Até o momento, a substituição das telhas ultrapassou os 60%.

Há anos, o espaço é alvo de críticas por conta da infraestrutura. Quem precisa passar pela rodoviária, reclama das condições da estrutura do teto, das manchas de mofo, dos buracos e, principalmente, das infiltrações nas paredes e teto do local que abriga os guichês das empresas rodoviárias e os pontos comerciais instalados. No período de fortes chuvas, foram registrados alagamentos no piso inferior do prédio.

O contrato teve início no dia 28 de novembro de 2022 e, pouco mais de, dois meses em que as obras estão em ativa, os problemas não parecem diminuir para aqueles que precisam transitar pelo Terminal Rodoviário. Entre as preocupações, é possível encontrar a insegurança de passar pelo local. “Tá muito precário (…) Lá fora não tem nem jeito de você ficar porque tá goterando lá.” informou a aposentada Maria Alves, de 70 anos. Ela pega o ônibus toda a semana para fazer compras, ir à farmácia e ao médico.

De acordo com o secretário de segurança e mobilidade urbana do município, Major Oliveira, não há risco para os usuários. Ele afirmou que a empresa responsável é fiscalizada pela própria secretaria e que todos os serviços de segurança estão sendo cumpridos. Mas, “em danos materiais, consideramos que houve a necessidade de retirada de parte do telhado e com isso, com as chuvas, houve até alagamento de algumas salas e a gente tem acompanhado tudo por aqui, pela secretaria” finalizou.

A agitação causada pelas obras preocupa também quem trabalha nas lojas instaladas no térreo do local. O proprietário de uma loja de muda surf, Everton Henrique, de 24 anos, que atuam na rodoviária há seis anos, contou que sofre com a infiltração que atingiu seu estabelecimento. “Antigamente não alagava, só goteirava. Depois da obra, deu infiltração bem no começo”, desabafou o microempresário, que destacou ainda a dificuldade com o transito de pessoas. “Como eles cercaram envolta, não tem passagem de tantas pessoas como tinha antes, o que impacta o movimento da loja. Quando chove, isso aqui alaga tudo e as pessoas nem passam por aqui. Algumas preferem dar a volta lá por cima”.

A administração municipal informou que, além das substituições nos telhamento e calhas, estão sendo realizados os serviços de desobstrução de condutores, reforma do madeiramento e a recuperação estrutural das vigas de concreto. A entrega da obra estava prevista para 23 de março.

Oliveira explicou que o que está prejudicando um pouco o andamento da obra são os dias de chuvas, mas que devido à necessidade de trazer comodidade para os usuários, a Prefeitura tenta antecipar o cronograma, com a finalização ainda em fevereiro. “Posteriormente à essa obra, estaremos executando uma reforma por completo na parte inferior, no nosso escritório da Prefeitura. Já está finalizando esse projeto (…) com várias alterações, como o layout da rodoviária, a instalação dos guichês para o piso térreo, e várias outras medidas que vamos procurar para trazer mais comodidade e segurança” finalizou.

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