Moradores da Vila Guará temem queda de ponte, após interdição por deterioração de estrutura

Rachaduras, buracos e afundamento de pavimento são visíveis; secretaria nega risco de queda e confirma obras emergenciais para reparos no local

Ponte interditada na Vila São José, em Guaratinguetá; moradores cobram ação rápida na via de acesso (Foto: Reprodução)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Os moradores da Vila Guará, antiga Vila São José, estão se queixando após a interdição de uma ponte que dá acesso à região, em Guaratinguetá. A ponte sofreu danos em sua estrutura no último domingo, após as chuvas das últimas semanas e um grande volume de água que escoou pelas ruas do bairro. Atualmente, a ponte está interditada com grandes rachaduras, buracos e cratera.

Os moradores temem que a estrutura do acesso ceda de vez e a ponte caia no rio que corta o bairro. Inconformados com a situação, informaram ao Jornal Atos que outra ponte, que também dá acesso ao bairro, pode passar pelo mesmo problema se não receber manutenção adequada.

Segundo José Eusébio de Camargo, aposentado e morador da Vila Guará, com a interdição de uma via, veículos de grande porte que trafegavam pelo bairro têm usado o outro acesso como rota principal. “A gente tem esse problema, até para as pessoas que passam a pé por ela, mas temos outra dificuldade, na outra ponte. Se ela vier a danificar igual aconteceu com essa, nós vamos ficar sem acesso ao bairro. Não tem por onde entrar e sair, agora até aumentou o volume de carros e caminhões”, relatou.

De acordo com o pintor Antônio Walmir, que também mora na Vila Guará, ele nunca viu as pontes do bairro receberem manutenção. “Nunca houve manutenção. Todos os prefeitos que entram não fazem manutenção, têm vários vazamentos de esgoto no bairro. Eu faço limpeza no ribeirão e acho no rio tem pelo menos 15 vazamentos de esgotos. Os vazamentos são na rua Armando Salles de Oliveira”, detalhou.

A ponte está interditada para o acesso de veículos, ainda assim, motociclistas se arriscam ao atravessar a via. As faixas de isolamento da área não têm impedido os pedestres a transitar pelo local. Segundo os moradores, até algumas crianças passam pela via.

O secretário de Obras de Guaratinguetá, Paulo Barros, confirmou que as obras vão durar sessenta dias e a que a via não corre risco de queda. “Fizemos uma nova vistoria, não há risco de queda da ponte, ela está interditada para veículos. Vamos fazer a remoção dos tabuleiros de concreto, refazer a cabeceira dela, a drenagem da cabeceira, pois a drenagem ficou comprometida devido a uma infiltração de água que desce de uma das ruas e a cabeceira escorregou. Vamos repor os tabuleiros também. Não é um trabalho rápido, vamos articular maquinário e pessoal para fazer o serviço”, detalhou Barros.

Não há por parte da secretaria uma previsão para investimento financeiro nessa obra. “É complicado falar em prazo de conclusão, pois estamos no período chuvoso. Esperamos, sendo otimistas, que em sessenta dias tudo esteja pronto. Tudo depende de tempo, disponibilidade de material, pois não estava previsto no nosso orçamento a execução disso. Temos recursos para operações emergenciais e reparos, mas é complicado no dia a dia. Vamos executar o mais rápido possível”, concluiu.

Segundo Barros, não há necessidade de realização de processos licitatórios para essa obra.

 

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