Mãe denuncia falhas em serviço de transporte de pacientes em Guará

Mesmo com sangramento, criança de cinco anos não teria conseguido viagem para Hospital Regional de Taubaté

Lucas Barbosa
Guaratinguetá

Uma moradora de Guaratinguetá acusa a Prefeitura de uma série de falhas no serviço de transporte de pacientes para o Hospital Regional de Taubaté. Ela denuncia que além de não fornecerem o transporte para seu filho de apenas 5 anos, numa ocasião seguinte a criança foi obrigada a esperar mais de onze horas para ser buscada em Taubaté.

De acordo com a doméstica, Jadlayne Vianna, 23 anos, seu filho passou por uma cirurgia de correção em seu órgão sexual, devido a uma má formação, no último dia 8 no Hospital Regional de Taubaté.

Três dias seguintes, já em Guaratinguetá, a criança urinou um pouco de sangue. Ao procurar atendimento na Santa Casa, Jadlayne foi informada que devido a cirurgia ter sido feita recentemente no Hospital Regional, os médicos da Santa Casa não tinham autorização para realizarem algum tipo de procedimento. A mãe foi orientada pela equipe médica, a recorrer ao hospital de Taubaté para que o médico cirurgião responsável pudesse avaliar se havia algum tipo de complicação no caso.

A doméstica solicitou á Prefeitura um transporte levar o filho, mas foi informada que deveria obter o transporte somente através de um agendamento prévio e que encaixasse nas datas ofertadas pela secretaria de Saúde. Mesmo explicando que a criança havia urinado uma determinada quantidade de sangue, e que precisava ser examinada pelo autor da cirurgia, a doméstica não obteve o transporte. “Fui obrigada a pagar para um conhecido levar a gente para o Hospital Regional. O pessoal da Prefeitura disse que não tinha disponibilidade para casos que requerem certa urgência e que estão fora dos dias agendados. Fiquei revoltada com essa falta de atitude e de bom senso por parte da secretaria de Saúde”, protestou Jadlayne.

Para aumentar ainda mais a insatisfação da mãe, a criança foi medicada recebeu alta por volta das 6h, após solicitar um transporte da Prefeitura para que fossem trazidos á Guaratinguetá, o carro chegou somente onze horas depois. “Meu filho estava com muitas dores e ainda com um pouco de sangue saindo e tivemos que esperar até as 17h. Eu e minha família pagamos todos os impostos em dia, aí quando precisamos de um transporte para uma criança de cinco anos com sangramento, eles não dão e quando conseguem demoram mais de onze horas”.

Resposta – Em nota oficial, a Prefeitura explicou que as ambulâncias e veículos comuns realizam transportes de segunda a sábado com pacientes para tratamento em outros municípios, estes serviços são todos previamente agendados. A nota ressaltou que no decorrer de um imprevisto como o caso relatado na matéria, há necessidade de aguardar o retorno das viaturas. Quanto ao retorno do paciente, após a alta, o fato se repete, ou seja, haveria necessidade do aguardo do retorno das viaturas.

O Executivo explicou ainda que no caso em questão, a solicitação para consulta ou transferência para o Hospital Regional não foi realizado no Pronto Socorro,se assim fosse feito, o paciente seria transportado dentro da ambulância de urgência/emergência, ou seja, “imediatamente”, pois a secretaria de Saúde oferece um veiculo 24 horas para urgências.

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