Investigação da Seccold afasta Celão da presidência da Câmara de Guará

Operação “Overcharge” rastreia esquema de corrupção que pode ter fraudado Legislativo em R$ R$ 691,9 mil

Celão foi afastado da Presidência da Câmara, após medida preventiva para apuração da Seccold (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Guaratinguetá

 

Uma nova fase da operação “Overcharge” chefiada pela Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro) voltou à Câmara de Guaratinguetá na manhã desta sexta-feira (4) para dar sequência às apurações da denúncia sobre possível superfaturamento em contrato com uma empresa de desinfecção. Uma nota divulgada pela Polícia Civil, destacou o afastamento do vereador e presidente da Câmara, Marcelo Coutinho, o Celão (PSD) e de dois servidores, também investigados, como medida preventiva.

De acordo com o texto, “a segunda etapa da fase externa de investigação criminal, denominada Operação “Overcharge”, destinada a apurar crimes licitatórios, crimes de corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica e organização criminosa”.

Nesta fase, foram colhidos “robustos indícios de autoria e materialidade no sentido de que a Câmara Municipal de Guaratinguetá, justificando-se no estado de calamidade provocado pela pandemia da Covid-19, realizou a contratação de empresa não habilitada, com dispensa ilegal de licitação, havendo, ainda, indicativos de conluio entre empresas, com superfaturamento (média de sete vezes maior ao encontrado no mercado), para fornecimento de serviços de sanitização e desinfecção nos prédios e veículos oficiais do Poder Legislativo Municipal, inclusive no futuro prédio da Câmara Municipal, que ainda se encontra inativo (trecho da nota da Seccold)”.

Além de Celão, a apuração levou ao afastamento de dois funcionários do Legislativos, sendo um assessor e um diretor administrativo. De acordo com a Polícia Civil, um envolvido foi preso, mas não teve a identidade revelada.

Em novembro, a Overcharge já havia levado à prisão de dois investigados e rastreado documentações em seis endereços pela cidade, entre eles Guaratinguetá.

Entre os crimes investigados, apontamentos de corrupção passiva, corrupção ativa, falsidade ideológica e crime continuado. A estimativa é de que o prejuízo aos cofres públicos, segundo o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, esteja em torno de R$ 691.940.

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