‘Invasão’ de moradores de rua preocupa população de Guará

Passageiros pedem providencias contra pedintes na rodoviária; Câmara cobra respostas de Francisco Carlos

Por Lucas Barbosa

O visível aumento do número de moradores de rua em Guaratinguetá, vem preocupando a população e a Câmara Municipal. Recentemente, o Legislativo aprovou um requerimento que cobra respostas do prefeito Francisco Carlos (PSDB), sobre o que vêm sendo feito para amenizar a situação e qualificar o atendimento as pessoas que se vivem nesta situação de vulnerabilidade social.

O requerimento, apresentado por Marcus Soliva (PSL), foi aprovado de forma unanime e provocou um intenso debate sobre quais medidas deviam ser adotadas pelo poder público.

“Visivelmente está havendo um grande aumento no número de moradores de rua em nossa cidade. Até o momento, não vejo nenhuma ação da Prefeitura no sentido de identificar e compreender o porquê deste movimento. Eles são cidadãos e merecem serem atendidos com políticas que os ajudem a sair desta situação ou, até mesmo, voltarem as suas cidades de origem”, argumentou o vereador.

Soliva revelou que constantemente é procurado pela população que afirma não aguentar mais o número de pedintes que se concentra nos principais   pontos do município. “A situação mais grave ocorre na região da  rodoviária. Diariamente, um grupo muito grande fica abordando todos que passam. Temos relatos de pedintes que chegaram a ameaçar os passageiros. Não é de hoje, que isto vem ocorrendo e até agora a Prefeitura não fez nada para garantir a tranquilidade da população”.

O vendedor, Cleber Expedito, 39 anos, que diariamente utiliza à rodoviária, afirmou que a situação no local piorou desde o início do ano. “Já ouvi vários deles falando que vieram de Paraty (RJ) para pedir esmola em Aparecida, mas decidiram ficar aqui em Guará porque o povo dá tudo que eles precisam. Eles ficam o dia inteiro pedindo dinheiro para comprar cachaça, cigarro e drogas. Às vezes chega a ficar mais de quinze ali do lado da rodoviária”.

A vendedora Juliana Francelino, 24 anos, relatou que além da rodoviária, há outros pontos que vêm registrando um aumento significativo de moradores de rua. “Não tenho nada contra eles, até acho que a Prefeitura e o governo deveriam ajudá-los a sair dessa situação, mas aqui no Centro eles ficam cobrando ‘pedágio’. Cada dia tem uma pessoa nova, que começa a pedir dinheiro para vigiar nosso carro, como se não bastasse já pagarmos a Zona Azul. O prefeito tem que tomar uma atitude antes que a situação se agrave”.

Resposta – A reportagem do Jornal Atos encaminhou uma série de perguntas à Prefeitura, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada.

 

 

 

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