Implantação de fibra óptica para câmeras de monitoramento continua em Guará
Dez dos 26 quilômetros programados para atender as quarenta câmeras instaladas estão prontos nas principais avenidas e pontos de acesso à cidade
Guaratinguetá
O planejamento é para um total de 26 quilômetros, para atender as quarenta câmeras espalhadas nas principais avenidas e entradas do município. A previsão de início do serviço ainda é incerta, mas testes já estão sendo feitos.
O COI (Centro de Operações Integradas) ficará na sede da secretaria, à avenida Juscelino Kubitschek, nº 793, no bairro Campo do Galvão, e deve contar com uma equipe formada pela fiscalização da Prefeitura, Polícia Militar, o departamento de Trânsito e Defesa Civil.
O monitoramento será feito 24h, e haverá intervenção quando necessário.
O secretário de Segurança Mobilidade Urbana, Marco Antônio de Oliveira, destacou a necessidade da instalação das câmeras para a segurança pública. “Vamos ficar atentos nos indivíduos em atitudes suspeitas, flagrantes, principalmente na questão de furto, sendo passado de imediato para a Polícia Militar.”, explicou.
Outro ponto de ação será no atendimento emergencial, em casos de acidente de trânsito, da necessidade de bombeiros ou do Pronto Socorro. Os pontos escolhidos foram decididos através de uma análise técnica entre a secretaria, Polícia Militar e Civil. A próxima etapa será terminar as ligações elétricas para que o sistema possa começar a funcionar.
Bairros como Parque São Francisco, Parque Santa Clara e Jardim Santa Luzia, que ligam Guaratinguetá a outras cidades, receberam câmeras nas principais avenidas. A promessa é que o sistema seja instalado dentro dos bairros futuramente. Moradores do bairro Parque São Francisco temem a violência gerada pelo tráfico de drogas no local.
A confeiteira Solange Chagas, 52 anos, relatou que a frequência de assassinatos por causa de drogas aumentou. “Recentemente houve uma morte por causa do tráfico. Aqui os traficantes têm as pessoas ‘certas’ (para assassinar). Seria ótimo ter essas câmeras no bairro”.
Já a vendedora Liliane Oliveira, 32 anos, contou que tem medo dos assaltos a mão armada na rua e nas residências. “A questão da droga é mais frequente, mas os casos de assalto também ocorrem. As câmeras ajudam a inibir, mas também ajudaria se houvesse ronda policial ou base da polícia no bairro”.
Violência – Segundo um levantamento da secretaria de Segurança Pública do Estado, Guaratinguetá é a vice-líder no ranking de assassinatos na sub-região 3. Até outubro, a cidade já havia registrado 33 homicídios dolosos (quando há intenção de matar), o que levou o prefeito Marcus Soliva (PSB) a criar medidas anticrimes, em conjunto com a Polícia Civil, Militar, promotores e líderes de associações de bairros.
Com 25 metas, a lista envolve ações de batalhões especializados como o Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e horário pré-determinado de bares.
