Funcionários param transporte de Guará por atrasos de benefícios

Sindicato questiona empresa e Prefeitura por quase um ano de paralisação no pagamento do Vale Alimentação; Município e contratada divergem

Guaratinguetá fica sem ônibus nesta segunda-feira; no Centro, passageiros optaram pelo transporte de aplicativo (Foto: Fabiana Cugolo)

Da Redação
Guaratinguetá

O transporte público de Guaratinguetá passou por uma segunda-feira marcada pela paralisação dos funcionários da Oceano Rodoviário, empresa responsável pelo serviço na cidade. A categoria entrou em greve motivada pelo atraso no pagamento do vale alimentação. O benefício não estaria sendo repassado a cerca de oito meses.

Carros das linhas do TUG (Transporte Urbano de Guaratinguetá) foram paralisados por volta das 8h, cerca de três horas após o início do dia de trabalho, nesta segunda-feira (14). O protesto foi organizado no pátio da Rodoviária Municipal, onde o Sindicato dos Cobradores e Motoristas reuniu os trabalhadores para questionar a Prefeitura e a terceirizada, que teve contrato assinado em outubro de 2019 e aumento na passagem, anunciada na última semana (de R$ 4,10 para R$ 4,60). Da rodoviária, o protesto passou por vias de maior movimento em Guará, até chegar ao prédio da Prefeitura.

É simplesmente surreal que a empresa atrase o tícket alimentação dos trabalhadores(as) por um ano inteiro. É isso mesmo, neste mês completou-se um ano de atraso no pagamento do tícket alimentação dos companheiros(as) que mesmo nesse período de pandemia não pararam de trabalhar”, frisou o texto publicado pelo sindicato.

Um dos focos do protesto, a administração municipal emitiu uma nota, destacando que a responsabilidade pelo repasse do salário e benefícios é integralmente da Oceano. À imprensa regional, a empresa lembrou que a queda no faturamento, causado pela redução do fluxo de passageiros durante as restrições da pandemia, afetou sua saúde financeira e prejudicou o repasse, já que a Oceano foi levada a priorizar a manutenção dos empregos, pagamento de salários e insumos básicos .

A dívida questionada pelos funcionários é referente ao vale alimentação dos meses de julho a dezembro do ano passado. Os valores estão em negociação, que chegou à esfera judicial, na Vara do Trabalho de Guaratinguetá. Os repasses referentes aos cinco primeiros meses de 2021 foram objeto de dissídio coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho de Campinas. Segundo a Oceano, a Prefeitura de Guaratinguetá foi incluída no polo passivo da ação.

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