Funcionários do TUG protestam contra atraso em benefícios

Ação chegou a parar transporte público de Guará por seis horas; sindicato questiona atraso no vale alimentação; São José e Oceano classificam ação como ‘movimento ilegal’

Funcionários do TUG se reúnem com sindicalistas em manifestação que chegou a parar transporte público em Guará (Foto: Colaboração / SCVRG)
Funcionários do TUG se reúnem com sindicalistas em manifestação que chegou a parar transporte público em Guará (Foto: Colaboração / SCVRG)

Lucas Barbosa
Guaratinguetá

Em protesto ao atraso no pagamento do vale alimentação, os funcionários das empresas Rodoviário e Turismo São José e Rodoviário Oceano, realizaram uma paralisação na manhã da última quarta-feira, em Guaratinguetá. Com a medida, o transporte público da cidade ficou suspenso por quase seis horas.

Os moradores que dependem do transporte público, foram surpreendidos na manhã da última quarta-feira por um movimento de paralisação realizado pelos mais de trezentos funcionários das empresas contratadas para agenciar o TUG (Transporte Urbano de Guaratinguetá).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes e Rodoviários e Anexos do Vale do Paraíba, Elias Pereira, os trabalhadores decidiram cruzar os braços devido ao atraso do pagamento do vale alimentação. O benefício deveria ter sido depositado no último dia 20. “O movimento de paralisação foi legitimo e necessário. Infelizmente, as empresas vêm praticamente todo mês atrasando o vale alimentação. Desta vez foi à gota d’água, porque quase duas semanas de atraso no benefício prejudica muito os trabalhadores”, explicou.

O serviço nas 42 linhas municipais só foi restabelecido por volta das 13h, após o depósito financeiro do benefício.
O presidente do sindicato ressaltou ainda que caso ocorra novos atrasos, será estudada a realização de novas paralisações. “Sabemos que a população acaba sendo prejudicada, mas esta foi à maneira encontrada de protestarmos. Esperamos que novas paralisações não ocorram, mas isto dependerá das empresas que devem cumprir seu papel que é de pagar os benefícios trabalhistas em dia”.

Na rodoviária de Guaratinguetá, dezenas de usuários do transporte público reclamaram sobre a paralisação. “Agente entende o protesto, mas tomara que nunca mais os motoristas façam uma paralisação assim. Vou ter que pagar moto táxi para poder chegar há tempo no serviço, que fica lá no Campo do Galvão”, lamentou a cuidadora de idosos, Marta Ramos, 42 anos, moradora do Jardim Tamandaré.

Os funcionários das empresas Rodoviário e Turismo São José e Rodoviário Oceano não quiseram comentar os atrasos, alegando receio em serem vítimas de perseguição por parte das empresas.

Outro lado – Em nota oficial, a Rodoviário e Turismo São José e Rodoviário Oceano classificaram a paralisação como um “movimento ilegal de greve”. As empresas condenaram o ato e afirmara que ele foi praticado sem qualquer aviso prévio pelo sindicato da categoria.

Ambas explicaram ainda que não pouparam esforços para liberar o mais rápido possível o benefício, mas “entraves burocráticos acabaram por retardar em alguns dias essa liberação”.

As empresas ressaltaram ainda que parte dos trabalhadores, que não queriam aderir à paralisação, foram pressionados pelo sindicato a participarem do movimento.

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