Estado estuda transformar Frei Galvão em hospital regional

Sugestão de deputado é fazer do local um centro de alta complexidade para pacientes do Vale do Paraíba

O Hospital Frei Galvão já mantém uma gama de serviços que o torna naturalmente referência em várias especialidades na região
O Hospital Frei Galvão já mantém uma gama de serviços que o torna naturalmente referência em várias especialidades na região

Da Redação
Guaratinguetá

O Governo do Estado continua em busca de uma saída para a crise na saúde da região. Em reunião entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o deputado Padre Afonso Lobato (PV), relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Santas Casas, o tucano afirmou que estuda acordo com o Hospital Frei Galvão, para transformá-lo em centro de referência de alta complexidade para os 17 municípios do Vale.
Além de Alckmin e Lobato, participaram do encontro, no Palácio dos Bandeirantes, o deputado Ed Thomas (PSB) e o presidente da Fehosp (Federação dos Hospitais e Santas Casas do Estado), Edson Rogatti.
A reunião foi marcada para a entrega de uma cópia do relatório final da CPI das Santas Casas, que investigou a crise econômica e estrutural nos hospitais filantrópicos do Estado e ainda um debate sobre as dificuldades das entidades. Entre os temas, a necessidade de um esforço conjunto para reverter a crise.
Ao governador, Padre Afonso voltou a defender a implantação de um hospital do Estado na sub-região de Guaratinguetá. “Conversamos bastante sobre o assunto e ele acenou positivamente para a proposta. Disse que vai estudá-la, prometendo em breve dar uma resposta”, contou o deputado.
A intenção de utilizar o Hospital Frei Galvão já havia sido debatida durante encontro da CPI em Guaratinguetá, em outubro, quando representantes das santas casas do Vale apresentaram dados das dificuldades no atendimento.
De acordo com o deputado, o Frei Galvão já possui estrutura física e clínica para atender os pacientes das regionais de Guaratinguetá e Cruzeiro, sendo necessário um aporte do Estado para custear o serviço. Ele acredita que cerca de R$ 2 milhões mensais do Estado seriam suficientes para bancar o atendimento.
O parlamentar lembrou ainda a possibilidade de se usar a estrutura da Santa Casa de Guaratinguetá para o atendimento regional de média complexidade, reduzindo as dificuldades de moradores de cidades mais distantes em garantir assistência médica, já que pacientes de cidades como Bananal chegam a enfrentar 197 quilômetros para Taubaté e 340 quilômetros até São Paulo.
“Isso é desumano, pois essas pessoas já estão fragilizadas pela doença e ainda precisam enfrentar a estrada, saindo de casa de madrugada e só voltando à noite”, frisou Lobato.
CPI – Depois de ouvir as cidades, hospitais e Estado, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Santas Casas aprovou o relatório final, que diagnosticou problemas como fraudes e atrasos que levaram hospitais a beira da falência. Instaurada em agosto, a comissão apurou a situação econômico-financeira de estabelecimentos filantrópicos em São Paulo. Entre as várias sessões realizadas pelas regiões de São Paulo, duas foram no Vale do Paraíba (em São José dos Campos e Guaratinguetá).
O relatório cobrou a definição de uma data de repasse de recursos e renovação de contratos por parte da União e do Estado com cidades e entidades, e a urgência no reajuste da tabela de referência SUS.

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