Escolas de samba podem perder cem metros de desfiles por interdição de prédio em Guará

Estrutura do Carnaval é reduzida e secretário confirma situação de edifício como motivo; Oesg tenta manter quatrocentos metros para desfiles

Estrutura montada na avenida para desfile de escolas de samba de Guará; espaço pode ser reduzido nesse ano (Foto: Leandro Oliveira)

Da Redação
Guaratinguetá

As seis escolas de samba de Guaratinguetá voltam a competir no próximo dia 21, no Carnaval da cidade, dois anos após o último desfile competitivo. O hiato, motivado pela pandemia da Covid-19, afastou os foliões e encheu de saudade os corações das comunidades envolvidas com a festa popular. Mas na avenida do desfile, mudanças foram confirmadas e outras podem ser realizadas, entre elas a redução da área de desfile para as agremiações.

A redução foi confirmada pela Oesg (Organização das Escolas de Samba de Guaratinguetá) em contato com a reportagem do Jornal Atos. Em anos anteriores, as escolas tinham quatrocentas metros na área de contagem de tempo, zona oficial de abertura e encerramento do desfile de cada agremiação. Neste ano, até o momento, são trezentos metros para esta área. A Oesg tenta recuperar mais cinquenta metros do trajeto, para que as agremiações desfilem em 350 metros de área de contagem.

Outra alteração, essa já confirmada pela secretaria de Turismo, no sentido dos desfiles. Antes, as alegorias, alas e componentes das agremiações desfilavam pela avenida Presidente Vargas no sentido Nova Guará – Centro. Dessa vez o sentido será inverso e as agremiações terão como concentração parte da avenida João Pessoa e a Ponte Metálica e para a dispersão o cruzamento da avenida Presidente Vargas com a rua Monte Castelo.

A expectativa de público presente na avenida também foi reduzida. Cerca de 2,5 mil pessoas devem acompanhar os desfiles nas arquibancadas. “O número teve uma redução em comparação aos anos anteriores em razão da situação do prédio situado na avenida”, destacou o secretário de Turismo de Guaratinguetá, Mário Augusto Nunes.

O prédio citado pelo secretário é o edifício Riverside, localizado próximo à cabeceira da Ponte Ademar de Barros, que está interditado desde maio do ano passado. Todas as alterações, como redução da área de contagem e mudança de sentido dos desfiles, além da estrutura das arquibancadas, também têm ligação com a situação do edifício, de acordo com a Oesg.

Ainda assim, foram investidos R$ 1 milhão na montagem das arquibancadas, camarote, iluminação e sistema de som na avenida, de acordo com o secretário. O que não foi reduzido é o tempo limite para cada escola cruzar à Passarela do Samba. São setenta minutos e cinco de acréscimos. Os grupos carnavalescos precisarão adaptar o desfile com o percurso encolhido.

Além do prédio, permanecem interditadas um trecho da avenida Presidente Vargas sentido Centro e parte da rua Ana Marcondes, onde está localizado o prédio. A área não será liberada durante o carnaval e não há prazo para liberação dos trechos das vias.

Ingressos – Prefeitura e Oesg anunciaram que a troca dos ingressos de arquibancada para o desfile será feita nas sedes das seis escolas de samba, com novo sistema. As entradas não serão vendidas, mas trocadas por um quilo de alimento (especificamente arroz, feijão, óleo de cozinha ou leite em pó), com liberação de até dois ingressos por pessoa. Os alimentos arrecados serão repassados ao Fundo Social de Solidariedade para doação a famílias carentes. Para a entrada de crianças de até dois anos de idade, não será necessário a apresentação de ingresso.

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