Escolas de samba de Guará pedem aumento de 40% do repasse para desfiles de 2020

Agremiações recebem R$ 50 mil e buscam mais R$ 20 mil de apoio da Prefeitura, que negou reajuste; arrecadação de camarotes é debatida como saída

Rainha da bateria da escola X no Carnavla 2019; escolas de samba
Rainha da bateria da Beira Rio no Carnaval 2019; escolas de samba pedem aumento de repasse (Foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

As seis escolas de samba de Guaratinguetá pediram oficialmente um reajuste de 40% sobre o valor pago pela Prefeitura para o repasse, atualmente, fixado em R$ 50 mil para cada escola. A proposta aumentar o valor para R$ 70 mil, o que não foi bem aceito na Prefeitura, que busca solução para atender às agremiações.

A Oesg (Organização das Escolas de Samba) confirmou o pedido. Em um primeiro momento, a resposta do governo de Marcus Soliva (PSB) foi negativa, mas de acordo com Tiago Domingos, vice-presidente da Oesg, existe a possibilidade de reforçar os cofres das escolas de samba por meio de ações das próprias agremiações, com eventos como shows e festas.

Uma das ideias debatidas durante a semana em Guaratinguetá seria a de repassar às escolas o valor arrecadado com a venda de camarotes, com estimativa de R$ 20 mil para cada agremiação. “Todas essas ações estão sendo estudadas, todos os meios legais para que elas saiam (sejam aprovadas). Essa questão do camarote foi uma opção que foi levantada, dentre várias ideias que foram colocadas na reunião. Quando tudo estiver efetivamente amparado, as escolas e a Prefeitura poderão divulgar as ações que vão complementar o orçamento das agremiações”, explicou Domingos.

De acordo com a organização, o valor atual repassado pela Prefeitura está defasado. O vice da Oesg revelou que foi feito um cálculo para chegar ao valor ideal para os desfiles do ano que vem, cerca de R$ 90 mil. No total, para a realização do Carnaval, as escolas investem um total médio de R$ 200 mil. “Acredito que a Prefeitura, ajudando com um terço desse valor, já é uma parcela que realmente contribui para as escolas de samba, já que elas têm um valor grande para correr atrás, algo em torno de R$ 120 mil, R$ 140 mil, através de eventos e parcerias. Dentro da nossa realidade municipal, é um valor que colabora bastante com o orçamento das agremiações”, concluiu.

Apesar da expectativa dos carnavalescos, em entrevista ao Jornal Atos, o prefeito informou que os camarotes não serão vendidos e, por consequência, a verba não será repassada as agremiações.

A Prefeitura disponibilizará cinco camarotes para cada agremiação e as próprias escolas de samba farão a venda dos espaços e terá direito aos recursos obtidos. “Em anos anteriores, já foram disponibilizados os camarotes, para as escolas fazerem seus trabalhos com a sua comunidade, parceiros e patrocinadores. Não interessa a maneira que vão usufruir dos camarotes. Mas o repasse que é feito pela contratação através de todo o processo, que já fizemos igual aos anos anteriores, é de R$ 50 mil. Cada escola vai receber cinco camarotes para montar o espaço para a agremiação ou comercializá-los”, esclareceu Soliva.

Uma informação ainda não oficial, indicou que os R$ 50 mil já confirmados seriam divididos em duas parcelas: a primeira, de R$ 37 mil em 2019 e a segundo, em R$ 13 mil, em janeiro.

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