Entrega de cestas básicas para funcionários e dívida em Guará geram atrito entre Sindicato e Codesg

Servidores apontam débitos com fornecedora; Companhia garante que obedece cronograma

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais) José Eduardo Ayres que entrou em discussão com a Codesg por cestas básicas aos funcionários (Foto: Arquivo Atos)
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais) José Eduardo Ayres que entrou em discussão com a Codesg por cestas básicas aos funcionários (Foto: Arquivo Atos)
A Codesg (Companhia de Desenvolvimento de Guaratinguetá) e o Sisemug (Sindicato dos Servidores Municipais) discutem sobre o possível atraso na entrega de cestas básicas aos trabalhadores da Companhia. O sindicato alega que os trabalhadores têm recebido as cestas com atrasos há pelo menos dois meses, mas a Codesg nega a informação.O assunto voltou à tona na última semana, após entrevista do presidente do Sisemug, José Eduardo Ayres, que revelou que os atrasos na entrega das cestas têm sido constantes e a demora prejudica os funcionários da Codesg, que dependem do benefício.Ao Jornal Atos, Ayres confirmou a informação. ‘Já vêm vários meses entregando com atraso. Digo isso pois eu sou funcionário da Codesg, recebo a cesta e tenho recebido com atraso. A maioria dos trabalhadores dependem da cesta para se alimentarem. No nosso acordo coletivo está escrito que ela tem que ser entregue até o dia 15 de cada mês e, no mês passado, a minha chegou dia 22. Para outros chegaram no dia 21, outros no dia 25, com atraso”.

O diretor da Codesg, José Antônio Rodrigues Alves, negou que os atrasos sejam frequentes. “Só atrasou o mês passado devido à falta de um produto (mortadela). Não existe relação do atraso com pagamento. A data de entrega, conforme acordo trabalhista, é todo dia 15 do mês subsequente”, argumentou. “Podem ter casos isolados de não encontrar pessoa no dia. e na segunda tentativa já ter passado da data. O único atraso registrado foi do mês passado, por falta de produto”, concluiu.

O presidente do Sindicato levantou uma hipótese para o atraso na entrega da cesta básica, em novembro. Para ele, a Codesg tem dívidas com a fornecedora das cestas. “Fomos fazer alguns levantamentos e têm faturas na Recobase que eles ainda não pagaram. Isso acaba gerando o atraso, porque se a Recobase não recebe, obviamente ela não vai entregar a cesta básica”.

Rodrigues Alves rebateu a declaração do sindicalista. “Que eu saiba não (há dívidas), e se houver não é o motivo do atraso. O Sindicato não tem nada a se meter nas finanças da Codesg”, concluiu o diretor da Codesg.

Atrito – Codesg e Sisemug estão divergindo há algum tempo. No último dia 10, o sindicato articulou uma paralisação dos servidores da Companhia após atraso no pagamento dos salários. Os valores seriam depositados na manhã do mesmo dia, mas sem ter caído na conta, os trabalhadores paralisaram a coleta de lixo de Guaratinguetá no período da manhã. De acordo com a Codesg, a paralisação foi de 100% dos trabalhadores. Os vencimentos foram pagos à tarde e o serviço voltou a ser prestado.

Procurado nesta semana para responder sobre a entrega das cestas neste mês, Rodrigues Alves confirmou que os kits já foram encaminhados aos trabalhadores da Codesg.

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