Empresas pedem reajuste da tarifa do transporte em Guará
Passagem pode chegar a R$ 3,55; MP pede contrato emergencial
Da Redação
Guaratinguetá
A Prefeitura de Guaratinguetá analisa uma solicitação feita pelas empresas de transporte coletivo São José e Oceano para reajustar a tarifa do transporte público. Hoje, o valor da passagem é de R$ 3,20. Se aprovado, os usuários das linhas urbanas passarão a pagar R$ 3,55.
Sem reajustar o valor da tarifa desde 2015, o possível aumento no preço da passagem pode ser decretado em um momento de crise política e financeira no País. O último reajuste feito foi há dois anos, em agosto. Na época, a tarifa subiu de R$ 2,80 para R$ 3,20.
O prefeito Marcus Soliva (PSB) contou que esse era um dos motivos apresentados pela empresa para solicitar um novo reajuste. Em comparação com a cidade mais populosa do Vale do Paraíba, o valor do bilhete em São José dos Campos é de R$ 4,10. Na vizinha Lorena, o preço é de R$ 3,20.
O prefeito não é a favor do reajuste no atual cenário político e econômico. Para Soliva, o ideal é fazer uma análise minuciosa da planilha de custos para cortar gastos e manter o valor em R$ 3,20. Como a análise será feita de forma detalhada, não há uma previsão para um anúncio oficial sobre a manutenção ou reajuste da tarifa.
Paralelo ao possível aumento das passagens, o Ministério Público pediu a criação de um contrato emergencial para o transporte público em Guaratinguetá, já que não há um contrato vigente pelo transporte público. Caso seja colocado na prática, o contrato emergencial poderia ser cumprido por no máximo quatro meses.
O temor do Executivo é criar o contrato emergencial, dar continuidade ao processo de licitação, mas ver o documento ser derrubado. Se o receio se concretizar, a burocracia para refazer o processo de licitação tomaria um tempo precioso da nova gestão municipal e o transporte continuaria sendo feito em caráter precário.
Oficialmente, o Executivo se limitou a informar que o processo de licitação para a escolha da nova empresa detentora do transporte público está em andamento. Há um mês, o prefeito Marcus Soliva confirmou que o objetivo era finalizar o processo ainda no primeiro semestre.
O prefeito tem mantido contato com o Ministério Público sobre o pedido feito pelo órgão, mas, inicialmente, não pretende criar o contrato emergencial.
