Empresário preso em São Paulo responde inquérito após agressões em Guaratinguetá

Jovem agredido em festa e na delegacia volta a ser internado e espera solução do caso; relatos de socos e pontapés

O bancário Fellipe Azevedo, que foi brutalmente espancado na saída de uma balada, tem complicações para remover lentes de contato (Foto: Redação Atos)
O bancário Fellipe Azevedo, que foi brutalmente espancado na saída de uma balada, tem complicações para remover lentes de contato (Foto: Redação Atos)

Da Redação

Guaratinguetá

A agressão a um jovem na saída de uma festa no último sábado em Guaratinguetá tomou conta das discussões durante a semana na região. O suspeito foi preso na manhã da última terça-feira, mas por outra tentativa de homicídio, em 2011.

Felipe Azevedo deixava uma festa, no Clube dos 500, na madrugada de sábado, quando teria sido abordado pelo empresário Ivan Leyraud Neto, com agressões a socos e pontapés, sem explicações.

A vítima relatou durante entrevista à rádio Metropolitana, que saia da festa ao lado de um amigo, quando foi abordado. “Estávamos deixando a balada rindo, quando ele se aproximou e perguntou o que eu achei engraçado. Perguntei do quê, foi quando ele me deu um soco e me chutou. Meu amigo separou, mas aí eu já estava desmaiado”.

Azevedo (que passou por cirurgia no domingo e voltou a ser internado na terça-feira) seguiu contando que foi até a delegacia com seu pai, quando uma nova confusão acabou em mais uma agressão. “Lá, ele (suspeito) me perguntou se eu ia mesmo fazer o Boletim de Ocorrências e depois me deu mais três socos. Ele bateu no meu pai também. Todos os policiais viram e não fizeram nada”.

O jovem disse que a única reação dos policiais foi atirar gás de pimenta contra Leyraud e o pai de Felipe.

O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Guaratinguetá, Francisco Sannini, responsável pelo caso, confirmou a agressão na delegacia, mas disse que o acusado não recebeu voz de prisão, porque “o delegado de plantão não tinha informações sobre o caso até então”.

De início, o caso foi registrado como lesão corporal, mas após averiguação da gravidade das agressões, passou a tentativa de homicídio. “Os fatos nos mostraram que se tratava de uma tentativa de homicídio. Estamos averiguando cada detalhe do caso”, contou Sannini.

Mas foi por outro caso de tentativa de homicídio que Leyraud acabou preso, na manhã desta terça-feira. Ele é acusado por agredir um homem em 2011. Acompanhado por três amigos, Leyraud teria espancado duas pessoas, entre elas um policial militar. Um das vítimas chegou a entrar em coma.

O empresário foi detido na capital paulista e transferido para Guaratinguetá e depois encaminhado a cadeia pública de Lorena. De acordo com Francisco Sanini, a prisão foi motivada pela reincidência de casos.

A reportagem procurou a equipe de defesa do empresário, mas não conseguiu uma resposta até o fechamento desta edição.

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