Em meio à CEI, pedido do Executivo para liberação de R$ 9 milhões do Finisa é adiado em Guará

Projeção é que proposta do Executivo deve retornar ao debate na Câmara somente após as eleições; solicitação de Soliva foca obras de pavimentação e reforma do teatro

Vereadores Marcelo da Santa Casa e Celão, que divergiram sobre liberação de verbas em Guará (Foto: Reprodução)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá

A Câmara de Guaratinguetá adiou, por 6 votos a 4, a avaliação sobre o pedido da Prefeitura de abertura de crédito adicional suplementar no valor de R$ 9 milhões para o orçamento, com foco em obras de pavimentação. O valor, que já consta nos cofres municipais, é oriundo do pacote de empréstimos junto à Caixa Econômica Federal por meio do Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento Básico).

A votação que adiou o projeto em vinte dias, foi realizada na sessão desta segunda-feira (23), após a solicitação do vereador Marcelo da Santa Casa (PSD). O projeto de lei do Executivo entrou em pauta na ordem do dia em primeira discussão, mas com este desdobramento, só voltará a ser pautado no Legislativo depois da eleição municipal.

De acordo com o texto do projeto, os R$ 9 milhões têm como destino o custeio de obras de pavimentação e drenagem e uma parte de pouco mais de R$ 500 mil deste mesmo montante para a reforma do teatro municipal.

Após o pedido de Marcelo da Santa Casa, o vereador Marcelo Coutinho, Celão (PP) solicitou que a sessão fosse suspensa por alguns minutos para que os parlamentares verificassem a legalidade do pedido de adiamento.  Pedido que foi acatado e os vereadores se reuniram por minutos e depois retornaram ao plenário para a votação do adiamento.

Além de Marcelo, os vereadores que votaram a favor do adiamento, foram Arilson dos Santos (Podemos), Nei Carteiro (MDB), Rosa Filippo (PSD), Vantuir Farias (Podemos) e Irene Cobradora (Podemos). Outros três nomes seguiram Celão e votaram contra a proposta: Alexandra Andrade (PL), Fabrício da Aeronáutica (PL) e Marcio Almeida (PL).

Fabrício da Aeronáutica afirmou que mais uma vez houve uma votação política e que o projeto tem como principal foco atender 23 ruas de diversos bairros. “São pessoas que há décadas anseiam pela pavimentação e que, por uma questão política, vão continuar aguardando esta solução. É um momento político e de eleições. No meu entendimento, o interesse da população foi colocado de lado”.  

Já Arilson ressaltou que esta não é uma “matéria exata”. “Existe uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) aberta e eu não me sinto à vontade em votar nesse momento”, frisou Santos, que garantiu que mesmo com o posicionamento de vereadores citando questões políticas envolvendo a discussão, seu voto a favor do adiamento tem como motivação a investigação sobre o Finisa, que ainda segue em andamento no Legislativo.

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