Eleição marcada por polêmica e denúncia de agressão mantém Ayres na presidência do Sisemug
Chapa derrotada denuncia membros da Federação que apurava votação em Guará por ataque

Leandro Oliveira
Guaratinguetá
A eleição para escolha da nova mesa diretiva do Sindicato dos Servidores Municipais de Guaratinguetá terminou com vitória de José Eduardo Ayres, atual presidente do Sisemug. Ele compunha a chapa 1, que teve 457 votos e 72% do total apurado. A chapa 2, de oposição, teve 141 votos e 22% do total, na disputa marcada por polêmica, como a acusação de agressão durante o processo eleitoral.
A disputa, que assegurou mais um mandato para a atual diretoria, teve ainda 6% de votos nulos e brancos.
A apuração foi realizada sem transtornos, diferente do último dia de votação.
Apesar da apuração dos votos, o clima tenso fechou com a desistência do grupo de oposição. No período da manhã de sexta-feira, membros da chapa 2 relataram terem sido agredidos por seguranças da Federação dos Servidores Municipais do Estado de São Paulo. De acordo com as informações, foi solicitada alteração do itinerário previsto para o deslocamento das urnas para votação por membros dessa chapa, que retornava da região do Santa Luzia e Pingo de Ouro. “O rapaz (agredido) chegando no Pronto Socorro, não estava legal. O olho dele foi afetado, ele não estava enxergando. Ele chegou e foi diretamente internado no Frei Galvão. O nome dele é Jeferson Willian, ele estava nos ajudando na eleição. Ele não faz parte da chapa e não é nem associado, numa manobra do José Eduardo, que acabou expulsando ele do Sindicato”, contou Luis Gustavo Di Giovanni, candidato da chapa 2.

José Eduardo Ayres informou que foi comunicado por telefone sobre o pedido para mudança de itinerário da urna, e entrou em contato com o coordenador da eleição. Ele negou que membros do Sisemug tivessem agredido os representantes da chapa adversária. “Com relação a participação de membros do sindicato de Guaratinguetá, tenho certeza que não aconteceu”, afirmou. “Pedi para que seja apurado para ver o que realmente aconteceu. Vamos tomar as medidas cabíveis”, concluiu.
Federação – A apuração foi feita pela Federação dos Servidores Municipais do Estado de São Paulo. O presidente da Federação, Aires Ribeiro, lamentou o episódio de agressão durante a votação e a desistência da chapa 2. “É um fato lamentável que ocorreu. Entendo que todo o processo foi transparente e foi discutido com a chapa 2. Foi apresentado o roteiro de coleta de votos, e não se pode mudar no meio do caminho esse roteiro, até porque isso poderia gerar problema jurídico depois. A coordenação agiu corretamente. A partir do momento que a chapa 2 saiu do processo, ela (coordenação) suspendeu o processo por falta de fiscal, para manter lisura”.
Foi feito o boletim de ocorrências e imagens das câmeras do COI (Centro de Operações Integradas) serão usadas para investigar o caso.