Com atraso no 13º salário, condutores paralisam transporte público em Guará

Membros do Sindicato e funcionários reivindicam primeira parcela do benefício; ato reúne manifestantes em frente à Prefeitura, que nega dívida

Paralisação do transporte público em Guaratinguetá; protesto reivindica pagamento do 13º salário (Foto: Fabiana Cugolo)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá      

A tarde desta segunda-feira (2) foi marcada pela paralisação do transporte público em Guaratinguetá. Membros do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba foram até a rodoviária da cidade em protesto pelo atraso em pagamento do 13º salário. As manifestações chegaram à frente da sede da Prefeitura.

Em vídeo publicado nas redes sociais, os integrantes do Sindicato discursaram sobre as reivindicações que motivaram a paralisação. O grupo reivindica o pagamento da primeira parcela do benefício para condutores. “A gente sabe que tem essa primeira parcela que está atrasada, tem a segunda parcela que é dia 20 de dezembro e o Sindicato mostra aqui grande preocupação com esse direito do trabalhador. O Sindicato está aqui aberto para conversar com a empresa e a Prefeitura para podermos achar uma solução”, frisou um dos membros.

O protesto contou com a presença de ônibus do TUG (Transporte Urbano de Guaratinguetá). “A intenção do Sindicato não é radicalizar, não é prejudicar o transporte na cidade de Guará, mas sim que todo trabalhador receba o que é seu por direito”, completou.

Nesta terça-feira (3) está agendada uma reunião envolvendo Mobilidade Urbana, a empresa de ônibus Oceano (responsável pela frota e a prestação de serviços no TUG) e o sindicato da categoria.

Procurada pela reportagem do Jornal Atos, a Prefeitura encaminhou nota destacando que “…ao contrário do alegado pelo Sindicato dos Condutores, o Município de Guaratinguetá não possui nenhuma pendência de ordem financeira para com a empresa de ônibus Oceano. Os encargos trabalhistas dos funcionários do transporte público são de responsabilidade exclusiva da empresa de ônibus. Portanto, por não ser da competência e da responsabilidade da Prefeitura, a municipalidade não participará de reunião sobre o tema, que compete exclusivamente à empresa e o sindicato (trecho da nota)”.

O texto segue destacando que a paralisação pelas razões alegadas “se mostra abusiva, arbitrária e ilegal”. “… ressaltamos ainda que a empresa recebe tarifa diretamente do usuário, tendo assim a obrigação de cumprir com suas obrigações patronais”.

O grupo empresarial responsável pela Oceano não havia se manifestado até o fechamento desta edição.

A secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana do município afirmou que no final da tarde, por volta das 16h30, os ônibus já estavam retornando à circulação normalmente.

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