Codesg presta esclarecimento à Câmara de Guará

Diretores da companhia apresentaram histórico de obras e finanças da empresa, questionada pela oposição

Apresentação de dados e informações da Codesg para os vereadores de Guará; esclarecimentos duram quatro horas (Foto: Fabiana Cugolo)

Fabiana Cugolo
Guaratinguetá 

Diretores da Codesg (Companhia de Desenvolvimento de Guaratinguetá) prestaram esclarecimentos sobre as ações da empresa antes do início das sessões da Câmara, na última terça-feira (18). A apresentação abordou temas como a história da companhia, obras e finanças.

O pedido para os esclarecimentos foi feito pelos vereadores Marcelo da Santa Casa (PSD) e Fabrício da Aeronáutica (MDB). A explanação, que durou cerca de quatro horas, contou com falas do presidente da companhia, João Batista Coelho de Oliveira, do diretor técnico, José Antônio Rodrigues Alves, do diretor financeiro, Edson Rubens Salla, e do diretor administrativo Lincoln Galvão.

Durante a apresentação foi retratada a história da Codesg, desde sua criação, citando a desapropriação da fazenda, onde foram construídos loteamentos, o acordo com a família Byington, proprietária do local, como também, as obras realizadas, como a construção da Unidade de Pronto Atendimento na cidade, que atualmente é utilizada como hospital de campanha no combate à Covid-19.

A atual gestão, que iniciou os trabalhos no ano de 2017, detalhou a situação financeira da empresa, onde foram mostrados números de funcionários, salários, repasses de verbas para obras, e dívidas. “O balanço de 2016 da Codesg estava totalmente corrompido. Não eram feitas conciliações, não tinham auditorias, e a gente não tinha confiança nenhuma nos números apresentados. Tanto é que passamos todo o ano de 2017 fazendo uma auditoria dos últimos quatros anos, para poder ter as contas confiáveis. Nesse processo encontramos um ajuste que tivemos que fazer sobre os lucros de 2016 de R$ 3 milhões e 79 mil”, explicou Salla.

Fabrício da Aeronáutica salientou que, apesar dos benefícios sociais ao município, e das explicações na Câmara, as cobranças devem continuar. “Nós não podemos deixar de aplicar o princípio da legalidade. A Codesg não é uma empresa ‘vai com as outras’, ela é pública, deve satisfações a população. As falhas nesse sentido também têm proporcionado esse déficit financeiro. Existem cargos políticos na Codesg, pessoas desqualificadas, ganhando salários de pessoas que poderiam estar dando soluções ali dentro”, frisou.

As dívidas da Codesg somam, atualmente, cerca de R$ 8,5 milhões. Segundo Salla, os principais credores são fornecedores, tributárias, dívidas com INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), parcelamento fiscal de dívidas herdadas, e os repasses para a família Byington.

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