Celão quer CEI para investigar dívidas na Codesg

Ainda extraoficial, proposta questiona números da companhia; Prefeitura aguarda apresentação de pedido na Câmara

Celão, que prepara pedido de investigação sobre dívidas da Codesg (Foto: Leandro Oliveira)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá 

O vereador Marcelo Coutinho, o Celão (PSD), voltou ao centro das discussões no cenário político de Guaratinguetá após cogitar na Câmara a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar as contas e dívidas da Codesg (Companhia de Desenvolvimento de Guaratinguetá). O tema veio à pauta “extraoficialmente” durante a última sessão ordinária, mas a expectativa é de que a apuração pode sair do papel nas próximas semanas com a oficialização da investigação.

Celão contou ao Jornal Atos que são dois os motivos principais para a abertura da CEI, sendo o mais importante deles, a dívida acumulada da companhia. “Analisando os últimos balancetes, Codesg tem uma dívida entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões. Um déficit financeiro muito alto. Isso precisa ser apurado pela Câmara, afinal a Codesg é uma empresa público-municipal e sabemos que o prefeito Marcus Soliva (PSC) também é responsável pela gestão e administração da companhia. A Prefeitura é sócia”, ressaltou.

Para ser oficializada, a proposta precisa virar um requerimento assinado por pelo menos quatro vereadores. Com as assinaturas, a proposta passa pelo plenário da Casa e deve ser votado e aprovado pela maioria dos vereadores. Em caso de aprovação, a CEI é a aberta, é montada uma comissão, com três parlamentares, que terão 90 dias para investigar fazer apontamentos.

Ao longo dos últimos quatro anos, a Codesg se tornou uma das principais executoras de obras públicas do município. A empresa assumiu serviços como reformas de escolas e creches, modificações e transformação do prédio da antiga cadeia pública em uma Unidade de Pronto Atendimento (atualmente hospital de campanha contra Covid), revitalização e reforma do Mercado Municipal, além de recapeamento e pavimentação de diversos bairros. “A prestação de serviços da Codesg é satisfatória. A gente vê a empresa realizando obras com qualidade na cidade, só que não podemos fechar os olhos para uma questão financeira em que corremos o risco de a companhia falir. Hoje temos um rombo de R$ 8 milhões e esse déficit não para de crescer”, reforçou Celão.

De acordo com o vereador, perguntas ligadas aos credores, valores de serviços realizados, preços a pagar, dívidas, cofres da Companhia e os contratos assinados, devem nortear os trabalhos da comissão.

A reportagem do Jornal Atos procurou a Prefeitura após as declarações de Celão. O Executivo destacou que não poderia se pronunciar já que o pedido do vereador ainda não havia sido oficializado na Câmara.

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