Transporte alternativo está impedido de circular em Cruzeiro

Impasse entre Associação de Vans e Prefeitura impede legalização do serviço

Movimento no Centro de Cruzeiro; cidade tem nova polêmica com vans após medidas na quarentena (Foto: Arquivo Atos)

Rafael Rodrigues
Cruzeiro
Depois de 23 anos em funcionamento, a Assta (Associação do Transporte Alternativo) está sem licença para realizar o transporte de passageiros em Cruzeiro. Desde a última segunda-feira, os motoristas circulam pela cidade sem o aval da Prefeitura, depois que administração e entidade, não chegaram a acordo para regularizar o serviço.

O impasse surgiu após a chegada da nova empresa de ônibus na cidade. Com a vinda da ABC Transportes, o serviço público em Cruzeiro passou por diversas mudanças, mas ainda com a associação sendo uma opção para os moradores.

Quando a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) chegou ao Brasil, e as cidades se viram obrigadas a fechar o comércio e restringir o acesso ao transporte, a Assta ficou sem operação. Com isso, os motoristas fecharam a garagem de onde os veículos saiam, que funcionava como um terminal, no centro da cidade.

Apesar de ainda que timidamente retornarem ao serviço, os motoristas iniciaram negociação com a administração municipal para regularizar o contrato. De acordo com o prefeito Thales Gabriel Fonseca (SD), desde que assumiu o mandato, abriu diálogo com os motoristas. “Estamos em negociação para que eles possam prover seu sustento e executar um bom serviço para população”.

Durante o período de quarentena, Fonseca afirmou que uma das propostas feitas aos motoristas da associação era dividir a cidade para que eles pudessem atuar simultaneamente com a empresa de ônibus que opera no transporte público. “Para que houvesse uma composição temporária entre o transporte coletivo e complementar, fizemos a proposta de dividir a cidade em setores, sendo que alguns ficariam com ônibus e outros com a vans, para que um não concorresse com outro, já que estamos com um momento muito difícil no mercado”.

O prefeito justificou a proposta, alegando a queda no número de passageiros, devido ao momento de pandemia e restrições no comércio. Mas a proposta foi recusada pela categoria, que apesar de não ter nenhuma regulamentação no momento, continua circulando pela cidade.

O vice-presidente da Assta, César Augusto, explicou que os veículos poderiam não ter condições de atuar nesse sistema e que para população seria melhor ter duas opções de transporte no mesmo trajeto. “Pode ser que as vans não deem conta de atender a quantidade de passageiros em determinados horários, por isso defendemos horários diferenciados, entre ônibus e as vans, mas com a mesma linha”, frisou.

Uma reunião entre a associação e a Prefeitura está agendada para a próxima segunda-feira, em mais uma tentativa de definir o impasse.

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