Reajuste de subsídios gera polêmica em Cruzeiro

Câmara aprova reposição de mais de 4% aos agentes políticos; alteração entra em vigor neste mês

Sandro Felipe, que explicou adequação no subsídio ao IPCA de 2019 (Foto: Reprodução)

Lucas Barbosa
Cruzeiro

Por unanimidade, a Câmara de Cruzeiro aprovou na última sessão o projeto de sua mesa diretora que estabelece uma reposição de 4,31% dos valores dos salários dos servidores da Casa e dos subsídios dos vereadores, prefeito e vice-prefeito. Alvo de críticas pelas ruas e redes sociais, o Legislativo justificou que medida foi baseada na alteração anual do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), respeitando recomendação do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Realizada na noite da última segunda-feira, a primeira sessão legislativa de 2020 foi marcada pela decisão polêmica dos parlamentares que concederá o reajuste salarial aos funcionários da Câmara e agentes políticos do município a partir de fevereiro.

Com a mudança, os subsídios dos nove vereadores saltarão de R$ 5,931 mil para R$ 6.131 e do presidente da Câmara, Mario Notharangeli (SD), de R$ 7.909 mil para R$ 8,249 mil. Já o do prefeito Thales Gabriel Fonseca (PL) subirá de R$ 13.846 para R$ 14.442 e de seu vice, Davi Mota, o Doutor Davi (PV), passará de R$ 5,602 para R$ 5,843.

Em resposta às críticas populares, Notharangeli explicou a necessidade do ato. “Isto não foi um aumento, mas sim uma reposição nos subsídios. Este ação é totalmente legal, respeitando as exigências do TCE para que seu índice seja equivalente ao valor do IPCA de 2019. As finanças da Casa estão totalmente preparadas para lidar com este impacto orçamentário, pois o valor do repasse que receberemos da Prefeitura também mudará na mesma proporção do IPCA”.

Durante entrevista ao programa “Atos no Rádio”, na última terça-feira, o vereador, que é integrante da mesa diretora, Sando Felipe de Souza (SD), defendeu a aprovação do projeto. “Não reajustamos salário nenhum, muito pelo contrário. Isso acontece nas câmaras do país inteiro, que todo mês de fevereiro fazem essa modificação dos subsídios dos agentes públicos. Em Cruzeiro, há muitos anos não há aumento, mas sim reposições de acordo com o IPCA. Nós não gastamos dinheiro à toa, inclusive o atual presidente devolveu quase R$ 1 milhão do duodécimo ao prefeito em dezembro”.

Efeito – Poucas horas após a aprovação do projeto, diversos moradores utilizaram as redes sociais para protestarem contra a medida. Alguns afirmaram que o posicionamento da Câmara de Cruzeiro foi na contramão de outras do estado, como a de Cachoeira Paulista, que no fim de janeiro aprovou uma redução de 69% dos subsídios para a próxima legislatura, despencando de R$ 4,2 mil para R$ 1,3 mil.

 

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