Maxion faz encerramento parcial do PPE, mas mantém estabilidade dos funcionários até abril

Mais de mil trabalhadores têm jornada de trabalho e salários restabelecidos; expectativa em Cruzeiro é de que setor de chassis também deixe o programa nos próximos meses

Área interna da Maxion; empresa virou foco da crise em Cruzeiro após demissões em massa no último ano (Assessoria)
Área interna da Maxion; empresa virou foco da crise em Cruzeiro após demissões em massa no último ano (Assessoria)

Da Redação
Cruzeiro

A unidade da Maxion, em Cruzeiro, pediu ao MTE (Ministério do Trabalho e do Emprego) nesta semana o encerramento do PPE (Programa de Proteção ao Emprego) para cerca de mil trabalhadores. A medida foi necessária devido à transferência da produção da Maxion Wheels de Guarulhos para o Iochpe Maxion.
Apesar da solicitação já ter sido realizada, os serviços começam a ser realizados a partir do dia 1 de maio. Com isso, 1.020 trabalhadores terão a jornada de trabalho restabelecida em 44 horas semanais.
De acordo com o presidente do sindicato dos Metalúrgicos, Jumar Batista da Silva, além do restabelecimento da jornada de trabalho, o salário também sofrerá alteração. “Eles deixam ter também a redução no salário. A Maxion hoje se divide em linha de rodas e chassis. A linha de roda vai sair do PPE, volta ao normal, vai restabelecer a carga horária e ainda vai permanecer com a redução de jornada de trabalho e salário, dentro do PPE, o setor de chassis”.
Ainda segundo Silva, a estabilidade negociada durante o processo de implantação do PPE permanece para todos os funcionários até abril do ano que vem. O programa foi negociado com prazo de seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis.
A expectativa do sindicato é de que o PPE também seja encerrado antes do prazo previsto para o setor de chassis. “Nós temos essa expectativa e se tornou maior ainda quando aconteceu essa questão na linha de rodas. A gente está acreditando também que, por aumentar bastante o número de rodas que vai estar se fabricando aqui, vai aumentar também a quantidade de chassis, e com isso, logo em seguida o pessoal dos chassis deve estar saindo também do programa do governo”.
A Maxion solicitou a adesão ao PPE no final de 2015, após demitir mais de 700 funcionários. Atualmente, a empresa tem 3,7 mil trabalhadores, sendo que mais de 2,6 mil continuam no PPE.
Maxion – Procurada para falar sobre o assunto, a Iochpe Maxion não respondeu aos questionamentos do Jornal Atos até o fechamento desta edição.

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