Falta de pagamento deixa pacientes sem transporte em Cruzeiro

Pacientes atendidos pelo transporte gratuito oferecido pela secretaria de Saúde de Cruzeiro ficaram sem o serviço na última segunda-feira. A empresa contratada, Pindatur, não enviou o veículo alegando atraso nos pagamentos que deveriam ser feitos pela Prefeitura.

O transporte leva pacientes para tratamento, exames e consultas em outras cidades. Além da perda dos atendimentos, a situação aumentou o tempo de espera pela remarcação dos procedimentos.

A aposentada Maria Auxiliadora faz tratamento para uma cirurgia nos olhos, e sua consulta é marcada uma vez ao mês. “Ela foi avisada um dia antes, no domingo, e precisa do transporte, mas não teve. Isso faz atrasar ainda mais a operação dela”, lamentou o filho da aposentada, que pediu para não ser identificado.

Outra paciente disse que essa situação já se repetiu em outras vezes. A aposentada Maria de Fátima Santana contou que compareceu à consulta por conta própria.

“Já faltou carro. Eu e outras pessoas colocamos gasolina em outro carro para não perder a consulta. Hoje (segunda-feira), fomos de carro particular”, revelou a aposentada, que aguardava consulta com anestesista e fisioterapeuta para fazer uma cirurgia bariátrica, devido à pressão alta e diabetes.
A Prefeitura de Cruzeiro, por meio da secretaria de Saúde, informou que a Pindatur retirou, sem qualquer aviso prévio, os veículos utilizados nas viagens, e solicitou rescisão contratual.

Comunicou também que está com os pagamentos dentro do atraso permitido (até noventa dias) e que, de forma emergencial, foi disponibilizado veículos para o transporte de pessoas que fazem tratamento em Guaratinguetá e Taubaté, além de pacientes que passarão por procedimentos cirúrgicos em Campinas.

A Pindatur informou que existe um débito da Prefeitura, mas não informou o valor. A negociação entre o município e a empresa já foi iniciada, e o serviço voltou à normalidade.

Saúde – A saúde pública em Cruzeiro se tornou o principal ponto de críticas ao atual governo municipal nos últimos anos. Foco das reclamações, a Santa Casa passa por intervenção, implantada em outubro de 2015, durante o período em que a Prefeitura foi administrada pelo vice Rafic Simão (PMDB), devido ao afastamento da atual prefeita, Ana Karin de Almeida (PRB).

Desde então o atendimento já passou por várias trocas de intervento. Foi alvo de greves de funcionários e de médicos, que chegaram a parar o Pronto Socorro e as alas de especialidade da Santa Casa, que acumula dívidas superiores a R$ 20 milhões.

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