Cruzeiro aprova reajuste salarial de servidores

Acordo entre Sindicato e Prefeitura define revisão salarial de 7% e 10,67% de vale-refeição

Servidores municipais conversam com vereadores de Cruzeiro, durante período pré-projeto que definiu novo reajuste para o setor na cidade (Arquivo Atos)
Servidores municipais conversam com vereadores de Cruzeiro, durante período pré-projeto que definiu novo reajuste para o setor na cidade (Arquivo Atos)

Rafaela Lourenço
Cruzeiro

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e a Prefeitura chegaram a um acordo e o projeto de lei que autoriza o reajuste salarial dos servidores municipais foi aprovado por unanimidade na Câmara de Cruzeiro. A revisão salarial será de 7%, e no vale-alimentação de 10,67%. A próxima segunda-feira é o prazo máximo para a prefeitura vetar ou sancionar o projeto.
Após várias tratativas entre o órgão e o Executivo, paralisação do funcionalismo público e manifestações nas ruas em 2015, a negociação sobre o reajuste que se estendeu desde dezembro, pode ter chegado ao fim.
A negociação começou em dezembro já com a data-base para fevereiro, e inicialmente a Prefeitura fez uma proposta ao Sindicato de 5%, mas com cálculo em cima do antigo salário mínimo de R$788. Em contraproposta, o Sindicato fez reuniões e calculou o reajuste em cima do atual salário mínimo, de R$ 880. O projeto foi levado à assembleia e aprovado abaixo dos 11%. De acordo com o presidente do Sindicato, Gilmar de Abreu, já seria um ganho real, o melhor reajuste dos últimos oito anos.
O vereador Thales Gabriel (PCdoB) destacou que entre as discussões e negociações ficou acertado o reajuste de 7% salarial e os 10,67% já sugerido pelo órgão como revisão do vale-alimentação. “Não é o reajuste ideal, mas também não é o pior do mundo, pois tem cidades congelando salários, ainda mais com esse momento de crise” comentou.
O presidente do sindicato revelou que os servidores estão ansiosos e gostaram do reajuste, “Estão felizes, agora só querem receber, é claro”.
O projeto, que segundo o Sindicato ficou “enrolado” com a Prefeitura, teve três emendas aprovadas, sendo duas de Thales Gabriel e uma do vereador Marco Aurélio Siqueira (DEM). A primeira emenda estabelece que a revisão correspondente a fevereiro e março seja paga em duas parcelas, sendo a primeira em cinco dias após a aprovação, e a segunda no pagamento do mês de abril. A outra emenda do mesmo vereador define o 15º dia útil de cada mês para o pagamento do cartão alimentação. “Regulamentamos o pagamento retroativo em duas parcelas fixas porque no projeto original essa questão havia ficado em aberto de como seria feito o pagamento, e quanto ao Vale Alimentação, fixamos o pagamento para ser feito no máximo ate o 15º dia útil, pois está acontecendo atrasos, acumulam dois vales para depois pagar apenas um. Está errado, os servidores contam com esse auxílio mensal” explicou Thales Gabriel.
A outra emenda foi apenas para substituir a expressão reajuste salarial, por revisão geral, já que não foi contemplado o índice da inflação para o período.
O prazo que a Prefeitura tem para encaminhar o projeto de volta para a Câmara expira na próxima segunda–feira. Ele deverá voltar sancionado ou vetado. Esse processo se dá cinco dias após a votação. “Se eles não retornarem na segunda-feira com o projeto, na terça de manhã o Sindicato estará protocolando um processo no Ministério do Trabalho em Campinas, para dissídio”, comentou Gilmar.
Procurada pela reportagem do Jornal Atos, a Prefeitura respondeu que só falaria sobre o reajuste após a sanção do projeto.

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