Capitólio aguarda retomada de obra paralisada na troca de governo

Orçada em R$ 180 mil, reforma de teatro virou novela após entraves; novo cronograma projeta entrega para junho

O Teatro Capitólio, que tem promessa para retomada da obra de restauração em maio (Francisco Assis)
O Teatro Capitólio, que tem promessa para retomada da obra de restauração em maio (Francisco Assis)

Da Redação
Cruzeiro

Depois de mais uma paralisação no projeto de restauração, o teatro Capitólio parece nem mais ser notada por quem passa pela rua Antônio Penido, no Centro de Cruzeiro. O antigo prédio de 1922 passou por diversas propostas de recuperação e aguarda a retomada dos trabalhos para receber apresentações culturais da cidade.
Os cadeados que trancam as portas do velho teatro não são o bastante para impedir a curiosidade de quem quer saber como está a área interna do prédio. Pelos vários vidros quebrados, é possível ver os empoeirados materiais utilizados na obra, à espera do aval da reforma. “A gente quer que a Prefeitura abra esse teatro, porque ele é muito bonito e faz falta pra cidade. Não tem nada pra fazer aqui e com um lugar desses poderíamos fazer tanta coisa”, lamentou a vendedora Luciana Vieira, que parou para observar o prédio.
Em agosto de 2015, a Prefeitura de Cruzeiro assinou o contrato com a empresa Forma Construtora, para nova retomada da obra, orçada em R$ 187 mil, com previsão de entrega em 120 dias.
O projeto destacou a ampliação do sistema de acessibilidade para o teatro, que tem capacidade para 450 pessoas, mas voltou a ser paralisado em meio a troca de prefeitos. De acordo com a secretaria de Planejamento e Obras de Cruzeiro, o adiamento da obra se deve a uma auditoria na reforma à verificação do contrato e dotação orçamentária, devido a troca de Governo em outubro.
Com a paralisação das obras, o prédio ainda necessita de forro da nave principal, troca de piso, forro dos camarins, reforma poltronas, cortina e pintura.
O valor disponível ainda segue o mesmo do orçado em agosto (R$ 180 mil) e a expectativa é de que a obra seja reiniciada ainda em março, com previsão de término para julho.
Histórico – A recuperação do Capitólio faz parte de programas da Prefeitura desde 2001, quando o local passou por uma breve restauração. Reaberto em setembro do mesmo ano, o teatro recebeu uma série de apresentações culturais.
As atividades pararam em 2009, para uma nova reforma, orçada em R$ 152 mil, no ano seguinte, mas a obra acabou não tendo sequência. “O teatro foi usado até em shows de karaokês, com uma plateia que ajudou a acabar com ele. Ficou seis anos parado e agora a Prefeitura retomou para que as pessoas possam ter esse contato com a arte, em um local aberto para grupos de teatro, musicais, corais, além de cursos”, contou Ondina Cipoli, que ocupou a diretoria de Cultura da cidade durante o período em que Rafic Simão (PMDB) esteve à frente da Prefeitura (atualmente a diretoria é dirigida por Rita Giupponi).

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