Após reclamações, Prefeitura atende alunos que ficaram sem transporte escolar do Mata Atlântica

Empresa contratada deixou de prestar serviço por falta de pagamento; condições dos veículos preocupavam os pais

Mães acompanham crianças que utilizam ônibus que fez o transporte até às escolas da rede municipal; falta de pagamento gerou paralisação (Foto: Maria Fernanda Rezende)
Mães acompanham crianças que utilizam ônibus que fez o transporte até às escolas da rede municipal; falta de pagamento gerou paralisação (Foto: Maria Fernanda Rezende)

Maria Fernanda Rezende
Cruzeiro

Moradores do condomínio Mata Atlântica I, em Cruzeiro, reclamam da inconstância e da falta de segurança do transporte escolar municipal. Nesta semana, o serviço não foi prestado adequadamente por dois dias, impossibilitando que as crianças fossem para a escola.

O residencial está localizado na rodovia que liga Cruzeiro a Cachoeira Paulista. Os estudantes que moram no local necessitam de transporte para se deslocarem até as escolas do centro e de outros bairros. A maioria deles depende do ônibus que é concedido pela Prefeitura.

De acordo com moradores, no início da semana essas crianças não conseguiram ir à escola pela ausência do transporte. Quando disponibilizado, um único veículo não comportou todos os alunos.

“Na segunda-feira não teve, na terça foi um ônibus só para todas crianças. Teve criança que ficou para trás. Tinha até criança sentada no chão”, relatou uma mãe de aluno.

A condição dos ônibus e o itinerário também foram alvos de reclamações. O pedreiro Marcos Sebastião explicou que esses foram os motivos de ter tirado seus filhos do transporte escolar municipal. “Os ônibus que colocavam aqui não tinham cinto de segurança. As crianças demoravam muito para chegar da escola, saíam 17h de lá e chegavam quase 18h30. Meu filho mais novo tem quatro anos e chegava com fome. Tive que colocar meus filhos numa van particular. Meu pai que está pagando, porque eu estou desempregado”.

Segundo o síndico do Mata Atlântica I, Derval Pereira, na tarde de segunda-feira ele esteve na Prefeitura para pedir a solução do problema. Na terça-feira foi enviado um ônibus emprestado de uma escola. Apenas na quarta-feira que todos alunos foram levados pelos veículos de uma nova empresa. “Veio a empresa nova com um ônibus bom […] O ônibus que vinha antes era horrível, velho, com banco quebrado, e a porta as vezes andava aberta”.

A Prefeitura informou que a empresa de transporte suspendeu o serviço na segunda-feira, sem comunicado prévio. Ressaltou que o atraso no pagamento não completou um mês e que a medida de paralisação só pode ser tomada depois de completados noventa dias sem recebimento. “A empresa responsável pelo transporte escolar no município descumpriu uma normativa contratual apenas na última segunda-feira, não oferecendo outra alternativa, a não ser realizar procedimentos jurídicos que permitam à administração municipal realizar um novo contrato, em caráter emergencial, para realizar o serviço, que foi restabelecido normalmente na manhã da última terça-feira”.

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