Primeiro leilão da Santa Casa de Cachoeira não recebe lances e hospital segue sob incógnita
Venda de prédio tenta arrecadar recursos para pagamento de dívidas trabalhistas; pregão virtual não atrai interessados
Cachoeira Paulista
Há mais de uma década sob intervenção municipal e mergulhada em uma grave crise financeira, a direção da Santa Casa, desde 2014, é alvo de uma ação coletiva de ex-empregados que cobram o pagamento de seus direitos trabalhistas.
Buscando uma solução para o caso, desde o ano passado a Justiça, através da Vara do Trabalho de Lorena, e a atual gestão municipal, comandada pelo prefeito Edson Mota (PR) discutiam alternativas para o fim do impasse.
Após ser comunicado que o Executivo não possui condições financeiras para a quitação do débito, o Judiciário ordenou no último dia 8 o leilão do prédio, que conta com uma área de pouco mais de 9 mil m². A notícia causou preocupação pelas ruas de Cachoeira, já que o prédio abriga o único hospital do município. A expectativa era que o pregão angariasse recursos para o pagamento de pelo menos parte da dívida com os ex-funcionários, o que não ocorreu.
Realizado através do site ‘Lance Judicial’, o leilão estabelecia que o prédio do hospital possui um valor de R$9.653.600. Buscando atrair interessados, o leiloreiro fixou um lance inicial de R$5.792.160. Aberto às 13h da última terça-feira, o pregão não contou com nenhum interessado.
Após o resultado negativo, o Judiciário deverá estipular nas próximas semanas a data e o valor do lance inicial para um novo leilão.
Prefeitura – Procurada pela reportagem do Jornal Atos, a secretaria de Negócios Jurídicos informou que o resultado do leilão já era esperado.
Além de aguardar o julgamento de um recurso que tenta evitar o leilão, o Executivo revelou ainda que está analisando alternativas para tentar solucionar o impasse, mas se pronunciará apenas quando algumas delas for concretizada.