Novo PA tenta recuperar atendimento com ala de pediatria em Cachoeira

À espera de um novo leilão do prédio da Santa Casa, Prefeitura busca alternativas para sanar as dívidas de R$ 11 milhões

O Pronto Atendimento de Cachoeira Paulista reinaugurado no último dia 11 (Foto: Reprodução PMC)
O Pronto Atendimento de Cachoeira Paulista reinaugurado no último dia 11; serviço é realizado no prédio da Santa Casa foco de polêmica judicial (Foto: Reprodução PMC)

Jéssica Dias
Cachoeira Paulista

Após anos de espera e ser alvo de reclamações de pacientes, a Prefeitura de Cachoeira Paulista já conta atendimento no Pronto Atendimento renovado, entregue no último dia 11. O serviço é realizado na parte inferior do prédio da Santa Casa, que passa por processo judicial, devido à dívidas trabalhistas e abertura de leilões em busca de atender os valores questionados.

Segundo o prefeito em exercício, Domingos Geraldo (PL), com a reforma foram ampliadas as salas, criando alas separadas de internação, masculino e feminino. “Nós reinauguramos o Pronto Atendimento, antes Pronto Socorro. Ficou muito bom, não pela beleza, mas pela eficácia que foi feito. Foram criadas salas separadas, algumas com ar condicionado e a sala de espera também foi ampliada”.

Enquanto a obra do PA, que fica na rua Sete de Setembro, não era concluída, os atendimentos de urgência foram transferidos para o Pavilhão Íris, localizado ao lado da Santa Casa. O espaço recebeu obras de pintura e adequação, por conta do funcionamento inadequado, questionado por desrespeitar até mesmo as normas da Vigilância Sanitária. Agora, com a reinauguração, os atendimentos e internações voltam a ser feitos na parte inferior da Santa Casa.

Domingos revelou que, na época em que ele era vereador, foi solicitado uma sala de pediatria, para atendimento separado, situação atendida com a reforma. “Hoje, nós temos sala de pediatria, coisa que quando eu era vereador, sempre pedi. O Edson (Mota-PL) acertou desse lado. Melhorou muito. Com a aparelhagem nova de primeiros socorros, agora a pessoa chega infartada e tem aparelho para socorrer, com salas especializadas”.

O prefeito não soube informar com detalhes das melhorias trazidas pela reforma no local e o valor da obra.

Prédio sob interrogação – Com uma dívida trabalhista com cerca de duzentos ex-funcionários da Santa Casa, que supera R$ 11 milhões, a Prefeitura ainda não sabe qual será o futuro da Santa Casa, devido a leilão que tenta arrecadar o valor da pendencia cobrada judicialmente. Após ser comunicado que o Município não possuía condições financeiras para a quitação do débito, a Justiça ordenou, em abril, a abertura do leilão do prédio, que conta com uma área de pouco mais de 9 mil m². A medida não surtiu efeito no primeiro momento, já que o leilão, que tinha como lance inicial de R$ 5,7 milhões, não contou com nenhum lance.

Em busca de evitar um segundo leilão do local, o prefeito estuda medidas para permanecer com o prédio. “Eu estive conversando com a advogada da Santa Casa e ela me disse que deve ter um novo leilão. Eu quero ir ao Ministério Público para ver o que pode fazer para impedir. Tiveram funcionários que me procuraram querendo fazer acordo, mas eu não posso fazer acordo com ninguém, porque a Prefeitura não está com dinheiro”, esclareceu.

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