Sem solução, moradores protestam contra interdição da passarela do Tigrão em Aparecida

Moradores bloquearam pista sentido Rio da Dutra; passarela que dá acesso ao bairro tem estrutura condenada e segue sem reforma

Manifestantes na passarela do Tigrão em Aparecida; protesto é conta a interdição da ponte (Foto: Reprodução)
Manifestantes na passarela do Tigrão em Aparecida; protesto é conta a interdição da ponte (Foto: Reprodução)

Leandro Oliveira
Aparecida

Mais de um mês após a interdição da passarela que dá acesso ao bairro Perpétuo Socorro, em Aparecida, a via permanece com passagem proibida para pedestres. O acesso liga a região, conhecida como “Tigrão”, até a área central do município e facilita o deslocamento de pessoas. Na última quinta-feira um grupo moradores do bairro fez um protesto na rodovia Presidente Dutra e interditou o tráfego de veículos no sentido Rio de Janeiro, na altura do Km 69.

A manifestação bloqueou totalmente a pista entre às 16h30 e 17h. A Polícia Rodoviária Federal agiu rapidamente e pediu que os manifestantes liberassem a via. O tráfego na região ficou lento até às 17h30.

Os moradores estão insatisfeitos com as condições da passarela e a falta de uma reforma que possa adequar o acesso, para que ele seja liberado. Cristiane Brasil é moradora do Tigrão e participou da manifestação. Segundo ela, moradores e motoristas correm o mesmo risco, já que a estrutura da passarela está condenada. “Atrapalha não só a mim, mas também às pessoas que trabalham do outro lado. Mães que têm crianças que estuda para esse lado. A gente está correndo esse risco, não só nós, moradores, mas os motoristas que transitam na Dutra também. Tem milhares de pessoas que passam pela rodovia todos os dias”.

Existem dois bloqueios parciais, nas duas extremidades da passarela. Mesmo assim, moradores passam pelo acesso a todo momento. A moradora confirmou que é preciso uma reforma do local para que ele seja liberado para o trânsito de pedestres. Outro morador, José Benedito dos Santos, trabalha no bairro Santa Terezinha e afirmou que tem medo de passar pelo local, mas como passa muitas vezes por dia, gastaria quase três horas a mais se fizesse outro caminho. “Meu filho passa aqui, minha esposa passa aqui também. Medo dá, mas não tem outro lugar. Para fazer a volta lá por cima fica, muito longe. Por aqui, eu gasto cinco minutos. Se eu for fazer a volta, gasto quase quarenta minutos. Eu passo por aqui pelo menos quatro vezes por dia”, explicou.

José Aparecido dos Reis também esteve na manifestação da última quinta e pede agilidade do poder público para resolver esse problema. “Meu filho sai da escola às 18h20 e passa pela passarela, mas ela não está boa, está meio bamba. Eu gostaria que a prefeita desse uma solução para nós. Tem gente que sai da Santa Casa e tem que vir a pé. Eu tenho carro, mas e quem não tem, como faz?”

Por nota, a Prefeitura de Aparecida afirmou que essa é uma discussão judicial. “Na referida ação, a Prefeitura defende não ser de sua responsabilidade as reformas na passarela ou sua substituição, e sim do Governo Federal, uma vez que a passarela encontra-se na posse do Governo, pois está instalada em área da União. Além disso, somente há passarela em decorrência da existência da rodovia federal, pois se assim não fosse, não haveria a necessidade da mesma”.

Ainda no texto, o Executivo informa que a reforma depende da autorização da concessionária e que os esforços tem sido feitos para resolver o problema. “A Prefeitura esclarece que é sensível à causa, razão pela qual continuará fiscalizando a interdição da passarela, até que o problema seja resolvido pelas vias legais, por meio do processo judicial existente ou por meio de entendimento com o Governo Federal”.

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