Santa Casa de Aparecida espera repasse de R$ 500 mil do Estado

Investimento reforça cofre para custear atendimento da UTI, exames e salários de funcionários, prejudicados com a crise

Acesso ao PS da Santa Casa de Aparecida, que recebe novo apoio
Acesso ao PS da Santa Casa de Aparecida, que recebe novo apoio: (Foto: Arquivo Atos)

Juliana Aguilera
Aparecida

A Santa Casa de Aparecida receberá da secretaria do Estado de Saúde o repasse de R$500 mil até o final de 2018 (R$100 mil por mês), de agosto a dezembro. O investimento ajudará a custear a UTI Adulto e outros serviços, como exames, consultas e o salário de funcionários do hospital filantrópico. A diretoria do hospital espera o período eleitoral para negociar futuros repasses para 2019 e encontrar novas parcerias.

Desde maio de 2017, a UTI da Santa Casa passa por dificuldades financeiras, resultando em um saldo negativo de R$100 mil ao mês. O aporte financeiro era de R$ 256 mil mensais, mas o Ministério da Saúde passou a repassar apenas R$ 104 mil. Somente os gastos médicos chegavam a R$ 95 mil ao mês.

Para ajudar a diminuir o saldo negativo mensal da UTI, a Santa Casa realiza atividades como bingos anuais com a comunidade. Outra ajuda de custo para o hospital vem do Santuário Nacional, que repassa R$200 mil por mês. A capacidade de atendimento da ala é de dez leitos, contando com 240 funcionários, sendo 40 deles médicos e enfermeiros, equipe da limpeza e manutenção.

No primeiro semestre deste ano, a Santa Casa de Aparecida realizou 197 internações na UTI, 1.280 cirurgias, 5,5 mil consultas com especialistas e 173,3 mil exames laboratoriais, além de ultrassom, raio-X e eletrocardiograma.

Espera – A atendente Ana Cláudia dos Santos, de 45 anos, esteve no hospital no último domingo para uma consulta com um clínico geral. “Eu fui bem atendida. As pessoas são bem pacientes, os enfermeiros também. A Santa Casa melhorou bastante, mas precisamos de mais atendimento e médicos especializados”, afirmou Ana Cláudia, que espera há seis meses na fila do SUS por um exame ultravaginal.

A saída foi juntar dinheiro para pagar pelo exame. “Me deram pedido para fazer o exame em Lorena, mas até agora nada. O médico me disse que não posso ficar esperando. Eu estou tendo hemorragias e não estou no momento de entrar na menopausa. Imagino que o exame deva custar de R$ 150 a R$ 200”.

Ana Cláudia espera que o investimento traga mais médicos e exames especializados para a unidade que, muitas vezes, apenas medica o paciente com remédios de dor, antes de dispensá-los.

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